16/09/2016

Resultados preliminares reforçam relação entre zika e microcefalia

Com informações da OPAS e Agência Brasil

Resultados preliminares

Análises preliminares de um estudo em andamento reforçam a hipótese de que a epidemia de microcefalia registrada no Brasil em 2015 seja resultado da infecção congênita da mãe para o bebê pelo vírus zika.

A relação entre a infecção de gestantes pelo zika e o nascimento de bebês com microcefalia tornou-se a corrente principal aceita no mundo acadêmico, porém ainda existem muitas dúvidas sobretudo porque a microcefalia não ocorre em outros países também afetados pelo zika.

Ainda são necessários, por exemplo, estudos que detalhem a ocorrência da má-formação e deem embasamento científico à relação de causa e efeito entre microcefalia e zika, ou incluam a participação de outros eventos, como a contaminação ambiental, infecção por outros vírus ou outros problemas orgânicos.

O relatório preliminar, publicado nesta quinta-feira pela revista científica britânica The Lancet Infectious Diseases, relata a análise de 32 crianças nascidas com microcefalia e 62 controles (crianças sem microcefalia nascidas no dia posterior ao nascimento do caso e na mesma região), em oito hospitais públicos do Recife, em Pernambuco, entre janeiro e maio deste ano.

Outros fatores de risco

A pesquisa continua, envolvendo uma amostra maior de 200 casos e 400 controles, com a qual os pesquisadores pretender quantificar o risco de forma mais precisa - por exemplo, qual a probabilidade de crianças nascerem com microcefalia se as mães forem infectadas com o vírus zika durante a gravidez.

O objetivo final do estudo é identificar a associação entre a microcefalia e quaisquer potenciais fatores de risco. A pesquisa busca identificar, por exemplo, se houve infecção pelo vírus zika, se as gestantes foram expostas a alguma droga, produto ou ambiente contaminado, se as mães que tiveram dengue anteriormente e foram infectadas pelo zika apresentam maior probabilidade de ter crianças com microcefalia, entre outros.

O estudo está sendo feito pelo Microcephaly Epidemic Research Group (MERG), grupo formado por especialistas da Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, da Universidade Federal de Pernambuco, da Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco, da Universidade de Pernambuco, da London School of Hygiene & Tropical Medicine e da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

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