31/10/2011

Anticoncepcional com hormônio drospirenona é posto sob suspeita

Redação do Diário da Saúde

Hormônio drospirenona

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai monitorar os casos de reações adversas graves em mulheres que tomam anticoncepcional com o hormônio drospirenona.

A luz de alerta foi acesa depois que dois estudos científicos indicaram que o uso do hormônio aumenta o risco de trombose venosa, tromboembolia pulmonar e formação de coágulos sanguíneos.

A Anvisa pede que os médicos usem o sistema Notivisa, disponível no site da agência, para informar qualquer reação adversa grave em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona, mesmo que as reações estejam descritas na bula.

Estudos sobre o anticoncepcional

Um dos estudos, publicado pela FDA (Food and Drugs Administration), a agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, sugere um risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos, de trombose venosa e tromboembolia pulmonar.

Dois artigos publicados no periódico científico British Medical Journal mostram que mulheres que usam contraceptivo oral com drospirenona têm de duas a três vezes mais chances de ter trombose venosa em comparação com mulheres que usam anticoncepcionais com outro hormônio, o levonorgestrel.

Estudos publicados anteriormente, em 2007 e 2009, também abordaram o risco de coágulos sanguíneos em mulheres que usam pílulas anticoncepcionais contendo drospirenona. Entretanto, esses estudos tiveram resultados conflitantes.

Aviso às mulheres

Para as mulheres, a Anvisa alerta que "as pacientes em uso de anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona devem seguir todas as recomendações do médico que as acompanha. É importante comunicar imediatamente ao médico caso desenvolvam reações adversas durante o uso, mesmo que as reações constem da bula".

"A Anvisa informa aos profissionais de saúde e pacientes que ainda não concluiu parecer definitivo sobre os medicamentos, mas permanece acompanhando o assunto. No momento a posição da Agência é favorável ao uso, desde que utilizados sob supervisão médica e de acordo com as orientações contidas na bula," conclui a nota.

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