20/03/2012

Casamento pode ser o melhor remédio para o coração

Redação do Diário da Saúde
Casamento pode ser o melhor remédio para o coração
Embora os filósofos afirmem que a ideia ocidental de casamento é inalcançável, depois de uma cirurgia cardíaca, pessoas casadas têm até três vezes mais chance de sobrevivência do que os solteiros.
[Imagem: Everaldo Coelho/YellowIcon]

Questão de sobrevivência

Pesquisas já haviam mostrado que o casamento é bom para o coração - fisiologicamente falando -, sobretudo para as mulheres.

E parece que isto é verdade também quando o coração está envolvido em situações muito críticas.

Adultos casados que passam por uma cirurgia cardíaca têm três vezes mais probabilidade de sobrevivência do que os solteiros.

"Esta é uma diferença dramática nas taxas de sobrevivência das pessoas solteiras, durante a parte mais crítica da recuperação pós-operatória," diz a Dra. Ellen Idler, da Universidade Emory (EUA), que liderou o estudo.

"Nós descobrimos que ser casado aumenta a chance de sobrevivência do paciente, seja ele um homem ou uma mulher," afirma.

Efeito protetor do casamento

Embora as diferenças mais marcantes estejam nos primeiros três da cirurgia - o período mais crítico e que pode determinar as chances de sobrevivência de longo prazo - o estudo confirmou que o forte efeito protetor do casamento continua por até cinco anos.

No período inicial de três meses após a cirurgia, o risco de que uma pessoa solteira morra é três vezes maior do que o risco de uma pessoa casada.

No geral, considerando o período todo, o risco de morte dos solteiros é duas vezes maior do que o risco de morte dos casados.

"Os resultados destacam a importância do papel das esposas como cuidadoras durante as crises de saúde. E os maridos são aparentemente tão bons em cuidar quanto as esposas," diz a médica.

Sobrevivência na crise

Colocar as alianças tem sido associado com uma vida mais longa desde 1858, quando William Farr observou que o casamento protegia contra a mortalidade precoce na França.

Os indícios vêm-se acumulando desde então de que viúvos, solteirões e divorciados têm menor expectativa de vida.

A maior parte dos estudos, contudo, observa grandes populações durante toda a vida.

Neste caso, os pesquisadores se concentraram em uma época definida, de uma crise grave de saúde. E os benefícios de ter alguém do lado se confirmaram também nestes casos.

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