Crescendo durante o sono
A ciência finalmente aceitou aquilo que todas as vovós já sabiam: as crianças realmente acordam maiores.
Os resultados do primeiro estudo a procurar uma ligação entre o crescimento diário de uma criança e o sono mostram que os dois estão inextricavelmente ligados.
Especificamente, os surtos de crescimento estão vinculados a um aumento no número total de horas diárias de sono e ao número de vezes que a criança dorme por dia.
Surtos de crescimento
"Pouco se sabe sobre a biologia dos surtos de crescimento," diz a Dra. Michelle Lampl, da Universidade Emory (EUA). "Nossos dados abrem o caminho para novos estudos científicos sobre os mecanismos que estão por trás dessas irrupções de crescimento".
Em termos práticos, o estudo ajuda os pais a compreenderem que o comportamento irregular do sono é uma parte normal do crescimento e desenvolvimento dos seus filhos.
"As irregularidades do sono podem ser angustiantes para os pais," diz Lampl. "No entanto, estes resultados dão uma voz aos bebês que ajuda os pais a entendê-los, mostrando que o comportamento aparentemente errático do sono é uma parte normal do desenvolvimento."
Crescimento amplo
Os pesquisadores também descobriram que sonos mais longos em meninas e em meninos antecedem um aumento no peso e na composição de gordura corporal ligada a um aumento da altura.
Em outras palavras, o sono não só prevê um surto de crescimento em altura, mas também prevê um aumento de peso e gordura abdominal, indicando um processo de crescimento anabólico.
Além disso, o estudo mostrou diferenças nos padrões de sono relacionados ao crescimento, dependendo do sexo do bebê.
"Os surtos de crescimento estão mais associados com o aumento da duração do sono nos meninos, e mais com o número de ataques de sono nas meninas," diz Lampl.
Amamentação
Nem o sexo da criança e nem o aleitamento materno tiveram qualquer impacto significativo sobre o tempo total de sono diário - quanto a criança dormiu no total ao longo de um dia.
Por outro lado, o aleitamento materno está associado a mais períodos de sono, cada um deles mais curto, em comparação com os padrões de sono experimentados por crianças que tomam mamadeira.
Ao contrário de estudos anteriores, este estudo não se baseou na lembrança dos pais sobre os padrões de sono dos bebês e do seu crescimento - as crianças foram monitoradas em tempo real ao longo de um período de quatro a 17 meses.
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