05/03/2018

Curativos vivos dissolvem-se na pele após a cicatrização

Redação do Diário da Saúde
Curativos
Ao contrário dos curativos comuns, as bandagens bioativas não precisam ser removidas ou alteradas durante o tratamento, evitando causar dor adicional ao paciente.
[Imagem: NUST MISIS]

Curativo bioativo

Médicos da Rússia criaram um curativo terapêutico juntando várias camadas feitas com fibras biodegradáveis e nanofilmes bioativos multifuncionais.

As bandagens biodegradáveis feitas com esses materiais mostraram-se capazes de dobrar a taxa de crescimento das células do tecido cutâneo, contribuindo para a regeneração normal dos tecidos danificados, além de evitar a formação de cicatrizes em casos de queimaduras graves.

Nas terapias envolvendo queimaduras, o objetivo principal é a regeneração efetiva do tecido danificado da pele e a prevenção de cicatrizes.

O tecido cicatricial consiste principalmente em colágeno irreversível e difere significativamente do tecido que substitui, tendo propriedades funcionais reduzidas. Por exemplo, cicatrizes na pele são mais sensíveis à radiação ultravioleta, não são elásticas, e as glândulas sudoríparas e os folículos capilares não são restaurados na área.

Para lidar com esses aspectos, Anton Manakhov e seus colegas da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia (Misis) criaram bandagens misturando nanofibras de policaprolactona, um composto antibacteriano de película fina e componentes do plasma do sangue humano.

O efeito antibacteriano foi obtido com a introdução de nanopartículas de prata ou de antibióticos, enquanto o aumento da atividade biológica foi obtido com grupos hidrofílicos (-COOH) e com as proteínas do plasma sanguíneo. O resultado final são propriedades curativas únicas do material.

Ao contrário dos curativos comuns, as bandagens bioativas não precisam ser removidas ou alteradas durante o tratamento, evitando causar dor adicional ao paciente. Após um certo período de tempo, a fibra biodegradável simplesmente se "dissolve", sem quaisquer efeitos colaterais.

A equipe já realizou uma série de ensaios pré-clínicos e está pronta para começar os ensaios finais com vistas a colocar as bandagens bioativas no mercado.

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