01/08/2012

Desigualdade nas Olimpíadas humilha países mais pobres

Com informações da BBC

Ideal

"Há países que têm dois atletas competindo. O que isso significa se comparamos com o número de atletas vindo dos EUA ou da China? Na realidade, a Olimpíada é um evento interessante para investigar as desigualdades globais", afirma o especialista.

A opinião é de Oscar Mwaanga, especialista em sociologia do esporte de Zâmbia.

Segundo ele, longe de ser um espaço democrático, em que todos podem competir em condições de igualdade, as Olimpíadas fornecem uma plataforma para a "humilhação" dos países mais pobres.

"A ideia de que todos têm condições iguais para competir diz respeito a um ideal, não a uma realidade", afirma Mwaanga.

Redistribuição das riquezas

Mwaanga lembra que mesmo que algumas dessas nações menores e mais pobres, como Togo, Zâmbia, Quênia e Etiópia, tenham destaque em alguns esportes específicos, a desigualdade entre os países é clara no quadro geral de medalhas e no número de atletas na competição.

"Não há igualdade (na competição) e se começarmos a prestar mais atenção nesse tipo de questão, nessas críticas, podemos abrir uma oportunidade para redefinir ou redesenhar de fato as Olimpíadas."

Mwaanga sugere que parte dos recursos arrecadados com os Jogos seja usada para fomentar atividades esportivas em países mais pobres.

Para ele, o Comitê Olímpico Internacional também precisaria tomar mais consciência sobre o problema.

"Precisamos redistribuir a riqueza acumulada com as Olimpíadas, analisando como ela pode beneficiar países menores", diz.

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