Vacina questionável
Autoridades dos Estados Unidos aprovaram o uso de um medicamento destinado a prevenir a infecção pelo vírus HIV.
Um estudo feito em 2010 mostrou que o remédio diminui entre 44% e 73% o risco de contágio pela AIDS.
Especialistas, contudo, afirmam que o uso do medicamento como vacina poderá criar uma falsa sensação de segurança em relação à doença.
O principal temor é que os grupos de risco da AIDS passem a tomar a pílula e sentir-se totalmente protegidos contra o HIV, abandonando medidas preventivas e o sexo seguro.
Além disso, o índice alcançado de diminuição do contágio é muito inferior ao que se considera para o desenvolvimento de vacinas.
Truvada
O Truvada é um medicamento que compõe o chamado coquetel anti-AIDS, juntamente com outras drogas antirretrovirais.
Com a aprovação, a droga agora poderá ser usada por pessoas classificadas em grupos de risco ou que mantenham relações sexuais com parceiros soropositivos.
Outra crítica levantada é o custo do medicamento: se ingerido diariamente de forma preventiva, o tratamento com o Truvada custaria ao redor de US$900,00 (R$1.800,00) por mês, ou US$11.000,00 (R$22.000,00) por ano.
Em comparação, a camisinha, que oferece uma proteção melhor, custa alguns centavos para as autoridades de saúde, geralmente saindo de graça para os usuários.
O Ministério da Saúde do Brasil afirmou que não pretende adotar a medida.
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