22/04/2017

Fiocruz patenteia fármaco de veneno de cascavel contra leishmaniose

Redação do Diário da Saúde

Crotamina

A Fiocruz entrou com o primeiro pedido de patente de um fármaco anti-leishmaniose obtido através da serpente Crotalus durissus terrificus.

O futuro medicamento é fruto do trabalho dos pesquisadores João Rafael Valentim Silva e Roberto Nicolete (Fiocruz de Rondônia), Andreimar Martins Soares e Leonardo de Azevedo Calderon (Universidade Federal de Rondônia).

A invenção consistiu na determinação da eficácia e dos efeitos toxicológicos da crotamina (CTA), substância isolada do veneno da cascavel.

"Com os resultados obtidos pudemos vislumbrar grande potencialidade de aplicações biotecnológicas dos produtos e processos da combinação terapêutica proposta em nosso estudo e, certamente, irão contribuir para o fortalecimento da C, T & I do estado e do país", destacou Roberto Nicolete.

Mediadores imunológicos

Desde 2013 a equipe avalia a eficácia e efeitos toxicológicos da crotamina isolada da cascavel para o tratamento da leishmaniose.

Estudos preliminares possibilitaram avaliar as combinações de droga, citotoxidade dos tratamentos sobre células, e as duas combinações mais eficazes de cada droga foram testadas para avaliação do efeito sobre a inibição do crescimento das formas amastigotas de Leishmania amazonensis e produção de mediadores imunológicos por macrófagos infectados com o parasito.

A combinação dos fármacos já existentes com a CTA mostrou-se mais eficaz do que as drogas sozinhas na inibição da contagem de parasitos nos tecidos. "A associação da CTA com os fármacos mostra-se um promissor caminho para tratamentos antileishmania", considera Roberto.

A expectativa agora é que os resultados obtidos possibilitem criar parcerias para o desenvolvimento de aplicações biotecnológicas dos produtos e processos envolvendo a combinação terapêutica.

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