07/06/2012

Gonorreia intratável pode se espalhar pelo mundo, diz OMS

Redação do Diário da Saúde

Supergonorreia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um alerta sobre uma variante da bactéria que causa a gonorreia e que não responde ao tratamento disponível.

Segundo a OMS, milhões de pessoas com a doença venérea podem estar sob risco de ficarem sem tratamento.

A resistência da gonorreia ao antibiótico cefalosporina já foi registrada em vários países, incluindo Austrália, França, Japão, Noruega, Suécia e Reino Unido.

A primeira infecção com a nova variante da Neisseria gonohhoeae, chamada H041, foi registrada no Japão em 2008:

A organização estima que 106 milhões de pessoas são infectadas todos os anos com a gonorreia, que é transmitida sexualmente.

Resistência da bactéria da gonorreia

"Os dados disponíveis mostram apenas a ponta do iceberg. Sem uma vigilância adequada, não saberemos o grau de resistência à gonorreia, e sem pesquisas de novos agentes antimicrobianos, em breve poderá não haver nenhum tratamento eficaz para os pacientes," afirmou Manjula Lusti-Narasimhan, responsável da OMS por saúde reprodutiva.

A Neisseria gonorrhoea já desenvolveu resistência a vários dos antibióticos mais comuns usados no tratamento, incluindo penicilina, tetraciclinas e quinolonas.

"Estamos muito preocupados com os relatos recentes de falhas no tratamento da última opção de tratamento eficaz - a classe de antibióticos cefalosporínicos -, já que não existem novas drogas terapêuticas em desenvolvimento," disse Lusti-Narasimhan. "Se as infecções gonocócicas tornarem-se intratáveis, as implicações para a saúde serão significativas."

Gonorreia

Uma infecção gonocócica não tratada pode causar problemas de saúde em homens, mulheres e recém-nascidos, incluindo:

  • infecção da uretra colo do útero e do reto;
  • infertilidade em homens e mulheres;
  • um risco significativamente maior de infecção e de transmissão do HIV;
  • gravidez ectópica, aborto espontâneo, natimortos e partos prematuros, e
  • infecções oculares graves ocorrem em 30-50% dos bebês nascidos de mulheres com gonorreia não tratada, o que pode levar à cegueira.

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