04/08/2010

Mães que amamentam não seguem dieta adequada

Jose Luis Gómez Llorente
Mães que amamentam não seguem dieta adequada
Nada menos do que 94% das mães que amamentam não seguem uma dieta adequada, não suprindo a necessidade dos bebês de nutrientes essenciais ao seu desenvolvimento.
[Imagem: Ken Hammond/Wikimedia Commons]

Vitaminas de menos, proteínas de mais

Um estudo realizado na Universidade de Granada, na Espanha, revelou que 94% das mães que amamentam não seguem uma dieta adequada.

Além de não consumirem a dose diária recomendada de gorduras, vitaminas A, E e ferro, a ingestão de proteínas é alta demais.

Os resultados ajudarão a melhorar as orientações e o esclarecimento das mães que amamentam, levando a uma melhoria da oferta nutricional para os recém-nascidos.

Dieta para amamentação

José Luis Gómez Llorente e Cristina Campoy Folgoso coletaram 100 amostras de leite de 34 mães, que responderam ainda a um questionário sobre a sua dieta em um período de três dias antes da coleta das amostras.

O objetivo foi comparar a ingestão alimentar com o consumo diário de referência recomendado, a fim de detectar deficiências e melhorar a ingestão de nutrientes pelos bebês.

O estudo revelou alguns dados importantes: 94% das mães tinham uma dieta hipocalórica, principalmente devido ao baixo consumo de gorduras.

Por outro lado, 94% seguiram uma dieta rica em proteínas, e sua ingestão diária de proteínas ultrapassava a dose diária recomendada.

As mães analisadas apresentaram deficiências em vitamina A e E, 88% deles não ingeriam as doses recomendadas de vitamina A, e 99% apresentavam deficiência na ingestão de vitamina E.

A ingestão de ferro era de 13,8 mg/dia em média, o que significa que 94% das mães que amamentam não atendem a recomendação. Elas apresentaram uma ingestão deficiente deste micronutriente importante e que é essencial para o desenvolvimento neurológico dos bebês.

Nutrientes do leite humano

Entre outros nutrientes, o leite materno humano supre as necessidades de lipídios, "que desempenham um papel crucial e contêm os ácidos graxos insaturados ômega-3 e ômega-6 (ácido linoléico e linolênico) e seus derivados de cadeia longa ácido araquinódico (AA) e docosahexaenóico (DHA).

Este último está associado com o desenvolvimento de várias funções nos recém-nascidos, como o desenvolvimento cognitivo (aprendizagem) e o desenvolvimento da visão. Ele está também associado à proteção contra doenças alérgicas e atopia," dizem os pesquisadores.

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