05/02/2015

Marca-passos com conexão à internet

Redação do Diário da Saúde
Marca-passos com conexão à internet
Segundo especialistas, médicos e hospitais não possuem ainda uma infraestrutura que permita um monitoramento contínuo dos marca-passos conectados à internet.
[Imagem: UPV/EHU]

Riscos x benefícios

Apesar dos alertas de que marca-passos e desfibriladores com tecnologia sem fios oferecem riscos para os pacientes, engenheiros espanhóis estão se preparando para testar o primeiro marca-passos com conexão à internet.

Jasone Astorga e seus colegas da Universidade do País Basco afirmam que os marca-passos conectados à internet permitirão que os médicos monitorem continuamente seus pacientes.

Tem havido grande interesse por parte das empresas de tecnologia em incorporar os recursos de informática nos implantes médicos, mas vários especialistas ponderam se os riscos envolvidos - o risco de que um hacker invada o aparelho, podendo causar até a morte do paciente e o risco da perda de privacidade dos dados médicos - compensam os poucos casos que exigem um monitoramento contínuo do paciente.

Segundo esses especialistas, médicos e hospitais não possuem ainda uma infraestrutura que permita um monitoramento contínuo dos pacientes.

Segurança do coração

Para lidar com o problema da segurança, a equipe espanhola afirma ter desenvolvido um novo protocolo de transmissão de dados que, segundo eles, "impede" que terceiros não autorizados - hackers - tenham acesso às informações dos pacientes.

"O consumo de energia deste protocolo é insignificante em comparação com o consumo normal de um marca-passos ou desfibrilador quando aplicando sua terapia (estimulação ou desfibrilação), e não tem impacto significativo sobre o quanto as baterias irão durar," disse Astorga.

Contudo, o pesquisador reconhece que, até agora, realizou testes apenas em aparelhos similares em laboratório.

"Fizemos a nossa validação em um sensor comercial, não em um marca-passos real. Em outras palavras, será necessário realizar estudos utilizando sensores médicos reais e pacientes reais," explicou Astorga. "De qualquer forma, acreditamos que é um passo adiante para o monitoramento remoto de pacientes usando sensores médicos implantados."

O trabalho da equipe resultou na publicação de três artigos científicos, cada um cobrindo um dos aspectos do desenvolvimento.

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