O que é Medicina Integrativa Holística?

As medicinas tradicionais da China (Medicina Tradicional Chinesa) e da Índia (Ayurveda) têm uma visão holística sobre a saúde.
[Imagem: Gerado por IA/DALL-E]

Medicina holística

O conceito de Medicina Integrativa Holística (MIH) está emergindo como uma abordagem fundamental na busca por modos de enfrentar os desafios contemporâneos da saúde e fazer a ciência médica avançar.

Esse paradigma enfatiza a integração do conhecimento e das práticas médicas, defendendo a mudança dos modelos médicos tradicionais e fragmentados para um sistema mais abrangente e centrado no ser humano.

A MIH (Medicina Integrativa Holística) representa uma evolução consciente no pensamento médico, visando o alinhamento com as necessidades holísticas dos pacientes e a complexa dinâmica da saúde e da doença. Ela ressalta a importância da redução e da diferenciação da dimensionalidade como impulsionadores históricos do progresso médico, ao mesmo tempo em que reconhece a necessidade do aprimoramento e da integração da dimensionalidade como a direção futura do desenvolvimento médico.

Em sua essência, a MIH vê o corpo humano como um todo integrado, defendendo a síntese do conhecimento médico em vários campos com práticas clínicas eficazes. Isso envolve um processo cíclico de verificação e de ajuste nos níveis de fato, experiência e prática médica, levando em consideração as condições sociais, ambientais e psicológicas.

A MIH não é meramente uma especialidade médica, mas uma nova epistemologia, que orienta a criação de um sistema de um novo nível de conhecimento médico. Ela promove uma visão holística, totalizante, na qual o todo é maior do que a soma das partes, incentivando os especialistas a considerarem suas ações dentro do contexto do todo, evitando a distorção que pode resultar de uma ênfase excessiva nas partes individuais do corpo humano.

Biopsicossocial

A Medicina Integrativa Holística também defende ações que se alinhem mais estreitamente com a verdadeira natureza da vida e da doença, esforçando-se para reduzir intervenções artificiais que possam impactar negativamente a medicina. Ela enfatiza a transformação de um modelo biomédico em um modelo biopsicossocial, reconhecendo a influência significativa de fatores sociais e psicológicos na saúde biológica.

A MIH incentiva o retorno aos processos naturais de cura, mobilizando as forças inatas do corpo, como a vitalidade e as capacidades de autocura, para prevenir e tratar doenças. Além disso, a MIH insiste em uma abordagem prática que parte de cenários do mundo real, enfatizando a importância de aplicações de base e soluções práticas na medicina. Promove a integração da medicina com a prevenção, com forte ênfase na educação em saúde e na minimização de doenças.

A MIH também defende o desenvolvimento integrado das medicinas em suas vertentes ocidental e chinesa, valorizando ambas igualmente e buscando uma abordagem global que respeite o modelo de gestão de doenças aprimorado ao longo de milênios.

Este composto da medicina alternativa é um verdadeiro elixir da juventude.
[Imagem: L. Shyamal/Wikimedia]

A ciência mais verdadeira

A MIH reconhece o papel dos medicamentos e técnicas na área da saúde, mas também enfatiza o efeito geral na qualidade de vida. Ela postula que, embora as intervenções médicas possam prevenir a morte prematura, elas também devem melhorar a qualidade de vida para alcançar níveis mais elevados de saúde e longevidade.

A MIH é definida como a ciência mais verdadeira, a arte mais gentil e a humanidade mais bela, integrando verdade, bondade e beleza. Ela destaca a importância das humanidades médicas na orientação do desenvolvimento da medicina, garantindo as restrições éticas na pesquisa e na prática médica.

À medida que a MIH continua a evoluir, ela está prestes a se tornar a nova era do desenvolvimento médico, seguindo as eras da medicina empírica e biomédica. A MIH está pronta para transformar a prática médica confrontando a verdadeira natureza da vida e da doença, maximizando a eficácia médica e defendendo a santidade e a glória da medicina.

O Dr. Daiming Fan, autor deste artigo, é professor do Instituto Chinês para Estratégia de Desenvolvimento da Medicina Integrativa Holística.