Sazonalidade
O Ministério da Saúde anunciou o fim do surto de febre amarela no país. Desde junho, quando foi confirmado o último caso no Espírito Santo, o Brasil não tem registros da doença.
Segundo o Ministério, a prevalência da doença é maior nos meses de calor, entre dezembro e abril, e, com o fim dessa sazonalidade, a expectativa é que o número de casos diminua. Contudo, as temperaturas já começam a subir novamente no país, rumo ao próximo verão, que começa em cerca de três meses.
De acordo com o último boletim epidemiológico, desde o início do surto, em 1º de dezembro do ano passado, até 1º de agosto deste ano, foram confirmados 777 casos e 261 óbitos por febre amarela. Outros 2.270 casos foram descartados e 213 permanecem em investigação. Além disso, 304 casos foram considerados inconclusivos.
A Região Sudeste concentrou a maioria dos casos, com 764 confirmações, seguida da Região Norte (10) e Centro-Oeste (3). As regiões Sul e Nordeste não tiveram confirmações.
Vacinação
Mesmo com a interrupção da transmissão da febre amarela, o Ministério da Saúde ressalta a importância de manter as ações de prevenção e de ampliar a cobertura da imunização contra a febre amarela para prevenir novos casos da doença no próximo verão. O Brasil adota o esquema de apenas uma dose da vacina durante toda a vida, de acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação é a medida mais importante para prevenção e controle da doença, com eficácia de 95% a 99%. Ao longo deste ano, foram enviadas aos estados 36,7 milhões de doses da vacina.
Somente para Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Bahia foram distribuídas 27,8 milhões de doses extras. A vacinação foi intensificada em 1.121 municípios desses cinco estados. Atualmente, a cobertura vacinal nessas localidades está em 60,3%. Apenas 205 cidades estão com a cobertura vacinal ideal, igual ou superior a 95%.
Febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus, que pode levar o indivíduo infectado à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente. Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia, insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de uma pessoa infectada para outra pessoa.
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