11/03/2016

OMS reforça relação entre zika e microcefalia e pede cuidado a gestantes

Com informações da Agência Brasil

Evidências

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou que há cada vez mais evidências apontando uma relação causal entre a infecção pelo vírus zika e casos de malformação congênita e síndromes neurológicas registrados no Brasil e outros países da América Latina.

Apesar disso, Margaret Chan ressaltou que, até o momento, casos de microcefalia, possivelmente associados à infecção pelo vírus em gestantes, foram identificados apenas no Brasil e na Polinésia Francesa.

Segundo ela, dados ainda não detalhados indicam que o mesmo quadro pode se repetir na Colômbia, onde o surto de Zika começou um pouco depois do Brasil.

Gravidez e zika

Informações reunidas pela OMS indicam que pelo menos 31 países na América Latina e na região do Caribe registraram transmissão autóctone do vírus (infecções contraídas localmente). A diretora-geral reforçou que mulheres grávidas em todo o mundo devem ser orientadas a não visitar áreas onde há surto de zika.

Ante as declarações da OMS, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que é prudente que as gestantes usem preservativo ao fazerem sexo com parceiros que foram para áreas endêmicas do vírus zika.

"Já são vários casos identificados de que as mulheres que pegaram o vírus de parceiros que estiveram em lugares onde tem a doença," ressaltou Castro.

Outra recomendação da OMS é que as grávidas evitem viagens para países onde há circulação do vírus Zika. "Como o Brasil é endêmico, nós não vamos dizer para nossas gestantes não irem para lugar tal dentro do país, mas dizemos que tomem as precauções, que tomem todos os cuidados. E os cuidados valem para que estiverem no Brasil, brasileiros ou visitantes," disse Marcelo Castro.

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