Reação automática
Medidas políticas que proíbem ou restringem uma atividade frequentemente encontram resistência. Em psicologia, a resistência às restrições à liberdade individual é conhecida como reatância.
Os debates emocionais resultantes podem fazer com que os políticos hesitem em tomar decisões que realmente consideram necessárias para alcançar objetivos importantes para a sociedade, como metas climáticas ou objetivos de saúde pública.
Mas eles não devem se preocupar tanto com o debate acalorado durante as discussões porque a população rapidamente reconhece a mudança e pára de oferecer resistência.
Esta é a conclusão de um amplo estudo feito por Armin Granulo e colegas das universidades de Munique (Alemanha) e Viena (Áustria), cobrindo dados da Alemanha, Estados Unidos, Países Baixos e Reino Unido. As pesquisas incluíram várias situações, que vão da imposição de limites de velocidade no trânsito e novos impostos sobre álcool e carne até a obrigatoriedade da vacinação.
Estabilidade traz concordância
Tanto as pesquisas reais quanto os experimentos estruturados entre voluntários mostraram que a reação a medidas restritivas é muito mais forte antes da sua introdução do que depois. Isso foi válido independentemente da atitude dos participantes em relação à questão específica, por exemplo, em relação às vacinas.
"A reação costuma ser apenas temporária e diminui substancialmente após a introdução de medidas restritivas," reafirmou o professor Armin Granulo, líder do estudo. "A resistência é menos robusta do que muitos políticos temem."
Então, o que causa esse efeito? Os pesquisadores suspeitam que se trata de um mecanismo conhecido da nossa percepção - quando confrontadas com a mudança, as pessoas se concentram mais na mudança em si do que no estado predominante antes e depois dela. Mas, uma vez concluído o processo de transição, elas conseguem encarar a nova condição com mais imparcialidade.
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