01/06/2009

Reprodução assistida aumenta com novas técnicas

Agência Fapesp
Reprodução assistida aumenta com novas técnicas
Relatório mundial aponta que mais de 219 mil bebês nascem a cada ano com auxílio de técnicas de reprodução assistida. Procedimentos aumentaram 25% em dois anos.
[Imagem: Fapesp]

Evolução da gravidez

De 219 mil a 246 mil bebês nascem a cada ano no mundo graças ao desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida, segundo um estudo internacional publicado no periódico científico Human Reproduction.

A pesquisa indica um grande aumento no número de procedimentos do tipo: mais de 25% em apenas dois anos, de 2000 a 2002. Os pesquisadores usaram dados de 1.563 clínicas em 53 países, mas ressaltam a insuficiência de dados em partes da Ásia, África e Oceania.

"Este é o oitavo relatório produzido pelo Icmart desde 1989. Trata-se de um relatório muito importante, pois ele, ainda que imperfeito, fornece dados capazes de auxiliar em debates e tomadas de decisão em temas como a disponibilidade, benefícios e riscos dessa cada vez mais importante prática médica. O relatório permite que comparemos países e regiões e que façamos análises a partir da comparação com relatórios anteriores", disse o professor Jacques de Mouzon, do Instituto Nacional de Saúde e da Pesquisa Médica (Inserm), na França.

Injeção espermática citoplasmática

Mouzon destaca o crescente aumento no número de nascimentos a partir de técnicas como a injeção espermática citoplasmática, que tem crescido mais do que a fertilização in vitro. "Entretanto, há muitas variações entre os países em relação à disponibilidade e à qualidade das técnicas de reprodução assistida", ressaltou.

"Há muitos motivos para isso, como diferenças nas taxas de fertilidade, nas idades das mulheres, na cobertura de saúde e na economia do país. Mas o mais importante é certamente a disparidade no acesso aos sistemas de saúde e às tecnologias de reprodução assistida. No oeste da Europa, por exemplo, essas condições se mostram bem mais favoráveis do que nos países em desenvolvimento", disse.

Tratamentos mais agressivos

Segundo Mouzon, isso levanta a questão de se desenvolver técnicas de baixo custo para aplicação em países mais pobres, que permitam um maior acesso por parte da população interessada.

"Nos países em desenvolvimento, o tratamento é muitas vezes mais agressivo, podendo levar a nascimentos múltiplos e a problemas como síndrome da hiperestimulação ovariana ou a necessidade de reduções fetais", disse.

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