13/06/2019

Saúde física e mental associada com otimismo e sabedoria - ou com a solidão

Redação do Diário da Saúde
Saúde física e mental associada com otimismo e sabedoria ou com a solidão
"Algum declínio cognitivo ao longo do tempo é inevitável, mas seu efeito não é claramente uniforme e, em muitas pessoas, não é clinicamente significativo - pelo menos em termos de impacto em sua sensação de bem-estar e desfrute da vida," disse o Dr. Dilip Jeste.
[Imagem: UCSD]

Abordagem holística

O avanço da idade está amplamente associado ao declínio da saúde cognitiva, física e mental.

Mas como fatores distintos, como sabedoria, solidão, renda e qualidade do sono, impactam - para o bem e para o mal - o funcionamento físico e mental dos idosos?

O Dr. Dilip Jeste e seus colegas na Universidade da Califórnia de San Diego e da IBM Research adotaram esse enfoque mais amplo e chegaram a conclusões que podem ampliar a abordagem de cuidados que especialistas e autoridades de saúde costumam difundir.

Eles descobriram que a saúde física correlaciona-se com a função cognitiva e com a saúde mental. Mais especificamente, a função cognitiva mostrou-se significativamente associada à mobilidade física, à sabedoria e à satisfação com a vida.

Já a saúde física mostrou-se associada ao bem-estar mental e à resiliência - além da menor idade.

A saúde mental, por sua vez, está ligada ao otimismo, autocompaixão, nível de renda e níveis mais baixos de solidão e distúrbios do sono.

"A maioria das pessoas se concentra em doenças e fatores de risco, como a velhice, a dieta pouco saudável e a falta de atividade. Isso é importante, é claro, mas também precisamos nos concentrar nas áreas que compõem a pessoa como um todo.

"Traços psicológicos, como otimismo, resiliência, sabedoria e autocompaixão mostraram-se protetores, enquanto a solidão parece ser um fator de risco. Uma pessoa de 85 anos pode estar funcionando melhor do que uma pessoa de 65 anos devido aos fatores de proteção e de risco," detalhou Jeste.

Cuidar da população mais velha

O Dr. Jeste afirma que mais estudos longitudinais holísticos como este, envolvendo diversas amostras de idosos, são necessários para determinar se as variáveis psicossociais e outras são potenciais riscos ou fatores de proteção relacionados à saúde e às doenças cognitivas, físicas e mentais.

"O objetivo final seria desenvolver novas intervenções focadas na saúde com base em tais pesquisas. Centros de terceira idade na comunidade devem incorporar atividades que abordam aspectos físicos, sociais e mentais. Todos nós podemos fazer algo para melhorar e fortalecer a qualidade de vida da nossa população que envelhece," finalizou ele.

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