18/10/2019

Alunos de psicologia e psiquiatria serão treinados com realidade virtual

Redação do Diário da Saúde
Alunos de psicologia e psiquiatria serão treinados com realidade virtual
"Isso lhes permitirá praticar com pacientes apresentando toda a gama de sintomas e graus de gravidade."
[Imagem: Roberto Schirdewahn/RUB]

O corpo inteiro fala

O diagnóstico de transtornos mentais depende não apenas das respostas que os pacientes fornecem na entrevista com um profissional de saúde.

O modo como eles se comportam também é relevante: Como soa a voz deles? Eles olham a outra pessoa nos olhos? Como é a postura deles? Eles ficam inquietos? O rosto está rígido ou animado?

Um profissional de saúde experiente monitora e avalia todos esses aspectos enquanto conversa com o paciente, observando alterações na expressão facial em milissegundos.

Os estudantes precisam aprender como fazer isso, o que nem sempre é fácil.

Por isso, pesquisadores estão se voltando para a realidade virtual e os avatares. Brevemente, os estudantes de psicologia, psiquiatria e medicina terão a oportunidade de realizar entrevistas com avatares especialmente desenvolvidos para apresentar cada tipo de comportamento característico de cada condição médica.

Residência virtual

Na sala de aula, os alunos usam óculos de realidade virtual, através dos quais interagem com esses avatares em um espaço tridimensional, naquilo que os especialistas chamam de "exploração".

"Isso lhes permitirá praticar com pacientes apresentando toda a gama de sintomas e graus de gravidade e ampliar o panorama," explica o professor Paraskevi Mavrogiorgou, da Universidade Ruhr de Bochum (Alemanha).

"Na clínica da universidade, vemos principalmente pacientes que estão gravemente doentes. É difícil motivá-los a participar de sessões de treinamento com os alunos. Além disso, eles não são o tipo de paciente que os futuros médicos provavelmente verão no decorrer de sua carreira. Os avatares devem remediar isso. Até onde sabemos, isso nunca foi feito em lugar algum; somos pioneiros no campo," acrescentou o professor Georg Juckel, membro da equipe que está desenvolvendo a tecnologia.

A escola de medicina da universidade deverá começar a usar os avatares durante as aulas no primeiro semestre de 2020.

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