03/01/2020

Criado aparelho de ressonância magnética implantável

Redação do Diário da Saúde
Criado aparelho de ressonância magnética implantável
O aparelho, aqui ilustrado em escala ampliada, permitirá analisar pontos específicos da atividade neuronal do cérebro.
[Imagem: Martin Vötsch/MPG]

Ressonância magnética implantável

Uma equipe de neurocientistas e engenheiros elétricos da Alemanha e da Suíça desenvolveu um implante altamente sensível que permite sondar a fisiologia do cérebro com uma resolução espacial e temporal incomparável.

A equipe descobriu um "truque" técnico que amplia os limites eletrofísicos dos métodos atuais de varredura cerebral, por meio dos conhecidos exames de ressonância magnética nuclear.

E, melhor de tudo, em vez de se deslocar até um laboratório e ficar dentro de um enorme aparelho, é o próprio aparelho que fica dentro do paciente, ampliando as possibilidades de estudos detalhados do cérebro, além de, no futuro, permitir o monitoramento de pacientes hospitalizados.

A tecnologia se baseia em uma agulha ultrafina, com um chip integrado, capaz de detectar e transmitir dados de ressonância magnética nuclear do metabolismo do oxigênio cerebral em uma escala minúscula, na faixa de nanolitros de volume.

Esta agulha de ressonância magnética nuclear monolítica capilar combina a versatilidade da imagem cerebral com a precisão de uma técnica rápida e muito dirigida para analisar a atividade neuronal específica do cérebro.

"O design integrado de um detector de ressonância magnética nuclear em um único chip reduz enormemente a interferência eletromagnética típica dos sinais de ressonância magnética. Isso permitirá aos neurocientistas coletar dados precisos de áreas minúsculas do cérebro e combiná-los com informações de dados espaciais e temporais da fisiologia do cérebro ", explica o professor Klaus Scheffler, da Universidade de Tubingen. "Com esse método, agora podemos entender melhor as atividades e funcionalidades específicas do cérebro".

De acordo com Scheffler e seu grupo, a invenção permitirá descobrir efeitos novos ou impressões digitais típicas da ativação neuronal, até eventos neuronais específicos no tecido cerebral, com aplicações inteiramente novas nas ciências da vida.

"Nossa configuração de design permitirá soluções escalonáveis, o que significa a possibilidade de expandir a coleta de dados a partir de mais de uma única área - mas no mesmo dispositivo. A escalabilidade de nossa abordagem nos permitirá estender nossa plataforma com modalidades de detecção adicionais, como medidas eletrofisiológicas e optogenéticas," acrescentou o professor Jens Anders, da Universidade de Stuttgart.

Checagem com artigo científico:

Artigo: Feasibility of functional MRI at ultralow magnetic field via changes in cerebral blood volume
Autores: Kai Buckenmaier, Anders Pedersen, Paul SanGiorgio, Klaus Scheffler, John Clarke, Ben A. Inglis less
Publicação: NeuroImage
Vol.: 186, Pages 185-191
DOI: 10.1016/j.neuroimage.2018.10.071
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