08/04/2009

Brasileiro come mais frutas e hortaliças e menos gorduras

Mariana Jungmann - Agência Brasil

Exemplar

A jornalista Ana Cristina Padilha, de 29 anos, procura controlar a alimentação e incluir nas principais refeições, durante a semana, carne magra, salada, arroz integral e feijão. Ela faz parte do perfil que o Ministério da Saúde observa que tem sido cada vez mais adotado no Brasil.

De acordo com o estudo Vigilância e Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgado ontem (7), o índice de pessoas que consomem carne com gordura caiu de 39,2% em 2006 para 33,8% em 2008.

Já o consumo de frutas e hortaliças cinco dias na semana subiu 23,9% para 31,5%. Quando a quantidade observada são os 400 gramas diários recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - o que significa algo em torno de cinco porções por dia, cinco dias na semana - o número de pessoas que alcançam o valor também subiu de 5,6% em 2006 para 15,7% em 2008.

Ninguém é de ferro

"O que eu procuro fazer é controlar melhor a alimentação durante a semana para no fim de semana poder extrapolar um pouquinho num doce ou numa fritura", explica Ana.

A ideia de compensação expressada por ela também é compatível com alguns paradoxos apresentados pela pesquisa. Apesar da diminuição do consumo de carnes gordurosas e do aumento da presença de frutas e hortaliças na dieta, os brasileiros ainda apresentam um alto consumo de leite integral (com gordura) - 56,5% dos brasileiros tomam o leite desta forma.

O consumo de refrigerantes também é alto, 27,8% da população ingere o produto regularmente. Quando se trata de jovens entre 18 e 24 anos, o número sobe para 39%.

Suco sim, leite não

Nenhum dos dois itens, entretanto, está presente na dieta de Ana Padilha. Ela diz que há algum tempo trocou os refrigerantes do tipo diet ou zero açúcar pelos sucos e não costuma tomar leite. "Quando vou consumir laticínios eu como queijo branco, do tipo minas frescal. Quase nunca tomo leite e quando isso acontece eu prefiro os desnatados", conta Ana. Esse também é um padrão observado no estudo: o consumo de leite gorduroso cai com a idade e com o aumento da escolaridade, mas sempre fica acima de 40% da população.

Todos os cuidados de Ana com a alimentação expressam uma briga antiga com a balança e em busca de mais saúde. Com índice de massa corporal (IMC) de 23, a jornalista não atinge o grupo das pessoas com sobrepeso, que são as que têm IMC de 25 ou mais. Nem tampouco está obesa, com IMC a partir de 30. "A vida toda eu sempre tive essa preocupação com controle de alimentação para perder ou manter peso. Mas, depois de uma certa idade a gente começa a se preocupar também com a saúde, com o envelhecimento saudável", explica.

Mulher nota 9

Além da preocupação com a alimentação, Ana Padilha também pretende voltar a praticar exercícios físicos. Segundo ela, a rotina que incluía esportes e academia antes acabou se tornando incompatível com a falta de tempo imposta pelo trabalho. "Estou matriculada em uma academia, mas sou praticamente uma turista. Pretendo voltar a praticar exercícios na hora do almoço", finaliza.

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