A organização não governamental Humane Society Internacional lançou no Brasil a campanha "Liberte-se da crueldade", para sensibilizar a população e pressionar o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) a proibir os testes de cosméticos em animais.
Em reunião no próximo dia 20, o Concea avaliará o pedido, feito em setembro pela ONG, que requereu o banimento desse tipo de teste do país.
A campanha foi lançada também em outros países onde o assunto está sendo discutido, como a China, a Nova Zelândia e os Estados Unidos.
Toda a União Europeia já proibiu os testes e a venda de cosméticos testados em animais - os procedimentos científicos também não são mais permitidos na Índia e em Israel.
No Brasil, São Paulo foi o primeiro estado a vetar testes de cosméticos em animais, em janeiro deste ano, e ainda é o único a adotar a medida.
"Testes de toxicidade não têm anestesiantes, causam muito sofrimento e têm problema de confiabilidade. É impossível saber o efeito dessa toxicidade a longo prazo em seres humanos, que podem viver até mais 60 ou 70 anos, testando [o produto] em um animal, que vive muito menos", disse o gerente da campanha, Helder Constantino.
Alternativas aos testes em animais
As alternativas aos testes em animais são o uso de pele humana e pele sintética e a combinação de células humanas com modelos computacionais.
No entanto, Helder reconhece que não há métodos alternativos para todos os tipos de teste de toxicidade, como os que garantem que os cosméticos não causarão problemas reprodutivos ou de má-formação fetal.
No caso das substâncias que apresentam tais riscos, é melhor não colocar o produto à venda, recomenda: "Se ainda não há métodos alternativos a esses, o melhor é não vender. Até porque há problemas de confiabilidade".
Veja alguns resultados recentes divulgados pelo Diário da Saúde que evitam o sacrifício de animais nas pesquisas científicas:
Ver mais notícias sobre os temas: | |||
Cobaias | Ética | Cuidados com a Pele | |
Ver todos os temas >> |
A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.