Amor e casamento
Será que William Shakespeare estava mesmo certo quando disse: "É melhor amar e perder do que nunca amar"?
Cientistas queriam tirar isso a limpo e, para simplificar, eles entenderam "amar" como "estar casado", e fizeram uma pesquisa para quantificar a felicidade das pessoas casadas, ex-casadas e solteiras no final de suas vidas.
O objetivo era descobrir o quanto amor e casamento contribuíram para o bem-estar geral durante a vida.
Eles examinaram as histórias de relacionamento de 7.532 pessoas, entre 18 e 60 anos, para determinar quem relatava ser mais feliz no final de suas vidas.
"As pessoas geralmente pensam que precisam se casar para serem felizes, então fizemos as perguntas: 'As pessoas precisam ter um relacionamento para serem felizes? Viver solteiro a vida inteira se traduz em infelicidade? E se você tiver sido casado em algum ponto, mas não deu certo? Acontece que apostar sua felicidade em ser casado não é uma aposta garantida," disse o professor William Chopik, da Universidade Estadual de Michigan (EUA).
Solteiro ou casado, mas feliz
Chopik e sua colega Mariah Purol descobriram que os participantes se enquadravam em um dos três grupos: 79% foram casados de forma consistente, passando a maior parte de suas vidas em um casamento; 8% foram consistentemente solteiros ou pessoas que passaram a maior parte de suas vidas solteiras; e 13% tinham histórias variadas, saindo e entrando em relacionamentos, divórcio, se casando novamente ou se tornando viúvo.
Os pesquisadores então pediram aos participantes que avaliassem a felicidade geral quando adultos e compararam os dados com o grupo em que cada pessoa caía.
Enquanto as pessoas casadas apresentaram um ligeiro aumento na felicidade, Purol destaca que a margem não foi substancial - muito menos do que muitos poderiam esperar. Enquanto o grupo consistentemente casado assinalou 4 em uma escala de 5 de quanto estavam felizes, as pessoas consistentemente solteiras responderam 3,82, e as pessoas com histórico variado responderam 3,7.
"Ficamos surpresos ao descobrir que solteiros ao longo da vida e aqueles que tinham histórias de relacionamento variadas não diferiam em quão felizes eram," disse Purol. "Isso sugere que aqueles que 'amaram e perderam' são tão felizes no final da vida quanto aqueles que 'nunca amaram'."
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