21/01/2014

Células funcionalizadas impedem metástase do câncer

Redação do Diário da Saúde
Células funcionalizadas impedem metástase do câncer
Quando os leucócitos "esbarram" com as células cancerígenas, a proteína TRAIL se incumbe de matá-las.
[Imagem: Michael King Lab/Cornell]

Juntando uma proteína capaz de matar células do câncer a glóbulos brancos do sangue, cientistas conseguiram destruir células cancerígenas no sangue, impedindo que a doença se espalhasse.

O estágio mais perigoso - e frequentemente fatal - de um tumor é a metástase, quando ele se espalha pelo corpo.

Elizabeth Wayne, Michael Mitchell e Michael King, da Universidade de Cornell, nos EUA, descobriram uma forma não de destruir o tumor original, mas de impedir que ele se espalhe, dando mais tempo para que os tratamentos convencionais funcionem.

Apesar de avaliarem os resultados do novo tratamento como "dramáticos" - no sentido positivo - eles reconhecem que "há muito trabalho a ser feito" antes que essas partículas artificiais se transformem em medicamentos disponíveis para os pacientes.

Mas a espera pode valer a pena: "Cerca de 90% das mortes por câncer estão relacionadas com metástases", disse o professor Michael King.

Células funcionalizadas

A equipe desenvolveu "nanopartículas" que transportam pela corrente sanguínea a proteína TRAIL (Tumor Necrosis Factor Related Apoptosis-Inducing Ligand), que tem a capacidade de matar o câncer e já era utilizada em tratamentos experimentais.

Quando estas células funcionalizadas são injetadas na corrente sanguínea, elas se agarram aos leucócitos, os glóbulos brancos do sangue.

Quando os leucócitos "esbarram" com as células cancerígenas, a proteína TRAIL se incumbe de matá-las.

"Os resultados na verdade são extraordinários, em sangue humano e em camundongos. Após duas horas de fluxo sanguíneo, elas [as células tumorais] literalmente desintegraram-se," disse King.

King acredita que as nanopartículas poderão ser usadas antes da cirurgia ou da radioterapia, que podem resultar em células se desprendendo do tumor principal.

Antes disso, porém, será necessário comprovar que as nanopartículas não danificam outros tipos de células.

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