03/03/2020

CNPq investirá R$ 10 milhões em pesquisas do novo coronavírus

Com informações da Agência Brasil

Rede Vírus

O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) receberá um crédito extra de R$10 milhões para investir em pesquisas voltadas para o mapeamento e sequenciamento do novo coronavírus, o SARS-CoV-2, causador da gripe covid-19.

A informação foi divulgada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, após teleconferência sobre o novo coronavírus com ministros de ciência e tecnologia de outros oito países (Alemanha, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Índia, Inglaterra, Itália, Japão e Nova Zelândia).

Em fevereiro, o ministério já havia criado a Rede Vírus, uma rede de pesquisa envolvendo cientistas e laboratórios para ajudar no enfrentamento de viroses emergentes, com foco inicial no coronavírus e nos vírus das gripes sazonais. O grupo é formado por especialistas e representantes do Ministério da Saúde, de entidades científicas e de unidades de pesquisa.

"A ideia é trabalhar com o Ministério da Saúde para colocar recursos para que essa rede possa desenvolver as pesquisas. Certamente vai ajudar em termos de modelamento desse vírus, no mapeamento e no sequenciamento desse genoma e muitas outras possibilidades em termos de tratamento, testes clínicos. Então, o Brasil pode contribuir muito," disse Pontes.

A rede de pesquisa deverá definir uma agenda de prioridades de pesquisa e ações futuras para auxiliar no combate de viroses no país, mas sua atuação deverá ser restrita ao campo da pesquisa científica.

Troca de ideias

De acordo com Marcos Pontes, o grupo de ministros de ciência e tecnologia se reuniu por teleconferência para discutir formas de trocar rapidamente informações sobre o novo coronavírus e como pode haver a colaboração entre os países.

"Nós tratamos de três assuntos: o que estamos fazendo em cada um desses países em termos de pesquisa para auxiliar a parte de saúde propriamente dita; segundo: como a gente pode trocar dados; e, terceiro, como podemos colaborar com os diversos países," explicou Pontes.

Neste momento, os esforços têm-se concentrado na caracterização do vírus, com o mapeamento do seu genoma e identificação e caracterização de suas proteínas, que podem ser alvos para o desenvolvimento de vacinas.

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