Para melhor saúde, mulheres devem contar os passos, não as caminhadas

Quantos passos devo dar por dia? Poucos, mas quanto mais, melhor.
[Imagem: Daniel Reche/Pixabay]

Pode somar os passos

Um grande estudo, envolvendo mais de 13 mil mulheres, revelou que a prática de atividade física concentrada em poucos dias na semana é suficiente para obter benefícios significativos para a saúde cardiovascular e a longevidade, desbancando a ideia de que a frequência semanal é o fator mais importante.

As mulheres com mais de 70 anos que deram pelo menos 4.000 passos em apenas um ou dois dias da semana apresentaram um risco significativamente menor de morrer, por qualquer causa ou de doenças cardiovasculares, em comparação com aquelas que não atingiram essa marca em nenhum dia.

O estudo acompanhou 13.547 mulheres, com idade média de 71 anos, por quase uma década.

Os resultados mostraram que:

• Poucos dias já fazem diferença: Atingir 4.000 passos em 1 ou 2 dias da semana foi associado a uma redução de 26% no risco de morte por qualquer causa e de 27% no risco de morte por causas cardiovasculares.
• Mais dias, mais benefício: Para aquelas que atingiram a marca em pelo menos 3 dias, a redução do risco de morte geral subiu para 40%.
• O volume é tudo: Quando os pesquisadores ajustaram os dados para considerar a média total de passos da semana, a associação protetora observada pela frequência de dias se enfraqueceu. Isso indica que o que realmente importa é o volume total de passos acumulado, não em quantos dias da semana ele foi alcançado.

Esta descoberta tem implicações práticas imediatas para a promoção da saúde entre idosas, mostrando que é válido "acumular" a atividade física em poucos dias (padrão "concentrado"), não sendo necessário distribuí-la uniformemente pela semana (padrão "lento e constante").

Os pesquisadores concluem que a mensagem é clara: Para mulheres idosas, o importante é se movimentar e acumular passos, independentemente de como esses passos são distribuídos ao longo da semana.