05/11/2013

Curar o HIV/AIDS ficou mais difícil

Redação do Diário da Saúde

HIV latente

Justamente quando alguns cientistas começavam a ficar mais esperançosos em encontrar uma estratégia para superar o HIV, um outro obstáculo surgiu para frustrar seus planos.

Em uma reportagem de capa da revista científica Cell, especialistas da Universidade Johns Hopkins (EUA) revelam que a capacidade do HIV para se esconder no corpo humano é muito maior do que se considerava até agora.

Mais especificamente, a quantidade de formas latentes do HIV, potencialmente ativas, escondidas nas células T do sistema imunológico, pode ser 60 vezes maior do que se pensava.

Provírus

O HIV escondido é parte do chamado reservatório latente de provírus funcionais, que continua muito tempo após a terapia antirretroviral dominar a replicação viral.

A constatação decepcionante vem depois de uma série de três anos de experimentos de laboratório, representando a análise mais detalhada e completa já feita sobre o reservatório latente de provírus HIV.

Se a terapia antirretroviral for interrompida, alguns provírus podem se reativar, permitindo que o HIV faça cópias de si mesmo e retome a infecção de outras células do sistema imunológico.

Robert Siliciano, líder do estudo, afirma que a descoberta representa um baque nas esperanças de que abordagens de aplicação pesada de medicamentos possam representar uma cura para a infecção com o HIV.

Essas abordagens funcionam forçando os provírus dormentes a "acordar", tornando-os "visíveis" e vulneráveis às células T do sistema imunológico citolítico, o que poderia eliminar todas as células infectadas do corpo - enquanto isso, as drogas antirretrovirais evitam que novas células sejam infectadas.

"Nossos resultados mostram que encontrar uma cura para a doença do HIV vai ser muito mais difícil do que pensávamos e esperávamos," disse Siciliano.

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