01/07/2010

Dinheiro compra felicidade? Pesquisa mundial responde

Redação do Diário da Saúde
Dinheiro compra felicidade? Pesquisa mundial responde
A satisfação com a vida e desfrutar a vida são dois componentes da felicidade. A satisfação com a vida é mais estreitamente associada com a renda, enquanto os sentimentos positivos dependem mais de outros fatores, como sentir-se respeitado e estar conectado com outras pessoas.
[Imagem: Debra Bolgla]

Pesquisa mundial de felicidade

Os cientistas já demonstraram que dinheiro ajuda, mas não compra felicidade.

Mas um outro grupo decidiu ver o que as pessoas do mundo todo pensam a respeito da relação entre dinheiro e felicidade.

A pesquisa mundial, que ouviu mais de 136 mil pessoas em 132 países, incluindo perguntas sobre a felicidade e renda, revela que, embora a satisfação com a vida normalmente aumente com o aumento da renda, os sentimentos positivos não necessariamente seguem esta mesma tendência.

Os resultados, obtidos a partir da análise dos dados recolhidos no primeiro Gallup World Poll, foi publicado no exemplar deste mês do Journal of Personality and Social Psychology.

Dinheiro traz felicidade?

As pessoas sempre se perguntaram se o dinheiro traz felicidade. Mas o fato de que os ricos nem sempre são felizes mostra que a resposta não é óbvia.

"Este estudo mostra que tudo depende de como você define a felicidade, porque se você olhar para satisfação com a vida, como você avalia sua vida como um todo, você vê uma correlação muito forte em todo o mundo entre renda e felicidade", explica Ed Diener, um dos autores do estudo.

"Por outro lado, é até chocante quão pequena é a correlação entre os sentimentos positivos e o 'curtir a vida'," diz ele.

Pesquisa mundial sobre felicidade

Os países pesquisados representam cerca de 96 por cento da população mundial e refletem a diversidade das realidades culturais, econômicas e políticas ao redor do globo.

Esta "primeira amostra representativa do planeta Terra", escrevem os autores, "foi usada para explorar as razões pelas quais a felicidade está associada com um maior nível de renda."

Os pesquisadores puderam analisar uma longa lista de atributos dos pesquisados, incluindo os seus rendimentos e padrão de vida, se suas necessidades básicas de alimento e moradia são atendidas, quais os tipos de conveniências e confortos da vida moderna eles possuem, e se sentem que suas necessidades psicológicas estão sendo atendidas.

Uma das questões pedia aos entrevistados para avaliar suas vidas em uma escala que variava de zero (pior vida possível) a 10 (melhor vida possível).

Os participantes também responderam a perguntas sobre as emoções positivas ou negativas que sentiram no dia anterior. E foi perguntado aos entrevistados se eles se sentiam respeitados, se tinham família e amigos com quem podiam contar em uma emergência, e quão livres se sentiam para escolher suas atividades diárias, aprender coisas novas ou fazer "aquilo que é capaz de fazer melhor."

Sentimentos positivos

Como em estudos anteriores, a pesquisa descobriu que a avaliação da própria vida, ou a satisfação com a vida, eleva-se com a renda pessoal e nacional.

Mas os sentimentos positivos, que também aumentam ligeiramente com o aumento da renda, são muito mais fortemente associados com outros fatores, como a sensação de ser respeitado, de ter autonomia e apoio social, e de se ocupar com um trabalho gratificante.

Este é o primeiro estudo sobre a felicidade a diferenciar entre satisfação com a vida, a crença filosófica de que sua vida está indo bem, e os sentimentos positivos ou negativos que as pessoas experimentam em seu dia-a-dia, afirmam os pesquisadores.

"Todo mundo busca satisfação de vida e melhores rendimentos," dizem eles. "E embora seja verdade que se tornar mais rico irá torná-lo mais satisfeito com a sua vida, isto não terá o grande impacto que pensamos sobre desfrutar a vida."

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