11/10/2018

Estilo de vida reduz necessidade de remédio para hipertensão

Redação do Diário da Saúde
Mudanças no estilo de vida reduzem necessidade de remédio para hipertensão
Mudanças no estilo de vida são o primeiro passo para reduzir a pressão arterial.
[Imagem: American Heart Association]

Estilo de vida para baixar a pressão

Talvez algumas pessoas não precisem tomar remédios diariamente contra a hipertensão: Mudanças no estilo de vida são o primeiro passo para reduzir a pressão arterial.

Homens e mulheres com pressão arterial elevada reduziram a necessidade de medicamentos anti-hipertensivos em apenas 16 semanas após fazerem pequenas alterações em seu dia a dia.

"Modificações no estilo de vida, incluindo uma alimentação mais saudável e exercícios regulares, podem diminuir muito o número de pacientes que precisam de medicamentos para baixar a pressão. Isso é particularmente o caso de pessoas que têm pressão arterial sistólica entre 130 e 160 mmHg e diastólica entre 80 e 99 mmHg," conta o Dr. Alan Hinderliter, da Universidade da Carolina do Norte (EUA).

Hinderliter e seus colegas acompanharam 129 homens e mulheres com sobrepeso ou obesidade, entre 40 e 80 anos de idade e que tinham hipertensão. A pressão arterial dos voluntários estava entre 130-160/80-99 mmHg. Mais da metade eram candidatos a medicação anti-hipertensiva no início do estudo, de acordo com as diretrizes mais recentes, mas nenhum estava tomando ainda os medicamentos para baixar a pressão arterial no momento do experimento.

Dieta para reduzir pressão alta

Os pesquisadores atribuíram aleatoriamente cada paciente a uma de três intervenções de 16 semanas. Os participantes de um grupo mudaram o conteúdo de suas dietas e participaram de um programa de controle de peso que incluiu aconselhamento comportamental e exercício supervisionado três vezes por semana. Eles mudaram seus hábitos alimentares para um plano conhecido como DASH, sigla em inglês para "abordagem dietética para baixar a pressão arterial". O plano enfatiza frutas, vegetais e laticínios com baixo teor de gordura e minimiza o consumo de carne vermelha, sal e doces.

Os participantes do segundo grupo mudaram apenas a dieta e o terceiro grupo não mudou hábitos alimentares e nem acrescentou exercícios à sua rotina.

Os resultados foram os seguintes:

  • Aqueles que adotaram a dieta DASH e participaram do grupo de controle de peso perderam uma média de 19 quilos e reduziram a pressão arterial em uma média de 16 mmHg sistólica e 10 mmHg diastólica no final das 16 semanas.
  • Os que seguiram apenas o plano de alimentação DASH reduziram a pressão arterial em uma média de 11 mmHg sistólica e 8 mmHg diastólica no final das 16 semanas.
  • Aqueles que não mudaram seus hábitos alimentares ou de exercício experimentaram um declínio da pressão arterial em uma média de 3 mmHg sistólica e 4 mmHg diastólica no final das 16 semanas.

Até o final do estudo, apenas 15% daqueles que haviam mudado tanto a dieta quanto os hábitos de exercícios precisaram de medicamentos anti-hipertensivos, em comparação com 23% no grupo que apenas mudou a dieta. No entanto, não houve mudança na necessidade de medicamentos entre aqueles que não mudaram sua dieta ou hábitos de exercício - quase 50% continuou a atender aos critérios para o tratamento medicamentoso.

Hinderliter acredita que as modificações no estilo de vida podem ser igualmente úteis para pessoas com maior risco de doença cardiovascular quanto para os pacientes que tomam medicamentos para pressão alta, mas isso precisará ser confirmado em estudos futuros, disse ele.

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