Fitoterápicos para Alzheimer e Parkinson
Apesar do aumento dramático de doenças crônicas neurocognitivas, como a doença de Alzheimer e Parkinson, as intervenções farmacológicas existentes ficam muito aquém do desejado, com limitações que vão da acessibilidade e custo-benefício ao excesso de efeitos colaterais.
Por isso, pesquisadores estão explorando abordagens holísticas, envolvendo sobretudo os medicamentos naturais à base de plantas medicinais, os já tradicionais medicamentos fitoterápicos.
Para tentar aferir o nível de conhecimento atual e os resultados obtidos por estudos clínicos de alta qualidade, Fawad Alam-Siddiqui e colegas de universidades dos EUA e do Paquistão fizeram uma revisão da literatura científica.
Mas, indo além de uma revisão tradicional, a equipe adotou uma abordagem em duas fases para identificar os medicamentos fitoterápicos que melhoram a memória. A primeira fase envolveu um levantamento textual, revisando livros sobre plantas medicinais historicamente conhecidas na Ásia.
Esta etapa levou à identificou de 13 ervas tradicionalmente usadas para perda de memória, destacando-se Acorus calamus (açoro ou cálamo-aromático), Celastrus paniculatus (planta de óleo preto), Withania somnifera (ashwagandha) e Zingiber officinale (gengibre).
A segunda etapa consistiu na tradicional revisão da literatura científica, buscando estudos que mostrassem evidências experimentais que comprovassem as propriedades dessas plantas no fortalecimento da memória.
Plantas medicinais que melhoram a memória
Embora muitas das evidências venham de modelos pré-clínicos (in vitro e animais), três plantas foram avaliadas em testes em humanos: Panax ginseng, Salvia officinalis e Withania somnifera.
Mais importante, porém, foi que a equipe identificou vários mecanismos chaves através dos quais as plantas analisadas podem exercer efeitos benéficos na memória.
Esta revisão, embora abrangente, apresenta certas limitações no reconhecimento dos benefícios dos fitoterápicos, incluindo o fato de que a lista de plantas foi baseada apenas em um número limitado de textos regionais (Sul da Ásia). Por isso, os pesquisadores defendem trabalhos mais aprofundados, incluindo pesquisas etnobotânicas, estudos regionais mais amplos e análises químicas detalhadas, para dar suporte à descoberta de novos medicamentos mais eficazes.
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