Lítio contra radiação
Cientistas suecos concluíram, em uma experiência com camundongos, que o lítio pode reverter os malefícios da radiação no cérebro.
Isso torna o elemento, já utilizado como estabilizador do humor, uma terapia promissora para tratar crianças que foram sujeitas à radioterapia e desenvolveram posteriormente défices de memória e aprendizagem.
Giulia Zanni e seus colegas do Instituto Karolinska mostraram que a capacidade de memória e aprendizagem dos roedores melhorou quando foram tratados com lítio após, numa fase inicial da vida, o seu cérebro ter sido submetido a uma dose de radiação de 4 grays (Gy) - um gray é a quantidade de energia de radiação ionizante absorvida por unidade de massa, ou seja, um joule de radiação absorvida por um quilograma.
A equipe verificou aumento da formação de novos neurônios na área do cérebro (hipocampo) que é importante para a memória, da fase de crescimento até se tornarem quase adultos.
A maturação dos neurônios em células nervosas completas, contudo, só ocorreu quando o tratamento com lítio foi interrompido.
Ainda assim, Giulia Zanni considera que o lítio, "dado segundo as diretrizes do modelo" testado em camundongos, "pode ajudar a curar as lesões causadas pela radioterapia, mesmo ao fim de muito tempo".
O estudo concluiu ainda que apenas as células sujeitas a radiação são afetadas pela ação do lítio, o que é um indicativo de poucos efeitos colaterais.
A equipe pretende agora avançar para ensaios clínicos, que já haviam sugerido anteriormente que o lítio protege o cérebro contra lesões se for administrado juntamente com a radioterapia.
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