12/09/2016

Medicações devem ser ajustadas após uma fratura

Redação do Diário da Saúde

Risco de fraturas

Se os especialistas e suas tão amadas projeções estatísticas estiverem corretas, metade de todas as mulheres e um quarto de todos os homens com mais de cinquenta anos poderão sofrer uma fratura nos seus próximos anos de vida.

Eles, os especialistas, provavelmente estão errados - afinal, seus dados propõem que haveria mais fraturas ósseas do que a incidência de ataques cardíacos, derrame e câncer de mama juntos.

Mas não faz nenhum mal verificar o que se pode fazer para evitar fatores que possam aumentar o risco individual de uma fratura associada à idade - sobretudo quando esses fatores são desencadeados pelos próprios médicos.

Quem está chamando a atenção para um desses fatores é a equipe da professora Sarah Berry, em um artigo publicado na revista médica JAMA Internal Medicine.

Não receitar remédios que piorem a situação

Segundo a Dra. Sarah, os médicos devem "desencorajar" o uso de medicamentos que possam causar tontura ou perda de equilíbrio e evitar a prescrição de medicamentos que tenham a perda óssea entre os seus possíveis efeitos colaterais.

O alerta vem acompanhado de uma série de outros artigos, publicados no mesmo número da revista, em que outros pesquisadores ressaltam que os médicos não alteram as medicações dos pacientes nos meses seguintes a uma fratura, mantendo aqueles remédios que causam tonturas e perda óssea.

Por isso, a pesquisadora afirma que é urgente que os médicos coordenem seu atendimento com os serviços de ortopedia, fisioterapia e cuidados de saúde primários para reavaliar o uso dos medicamentos por esses pacientes.

"Os resultados sugerem que os médicos não conseguem realizar uma revisão ponderada da medicação para os pacientes com fratura. É imperativo que os pesquisadores e médicos trabalhem em conjunto para diminuir esse hiato no tratamento e reduzir fraturas secundárias e suas consequências devastadoras," disse Sarah.

Mais números

Os dados publicados pela revista mostram que mais de 20% das pessoas mais velhas que quebram o quadril morrem dentro de um ano - uma taxa de mortalidade de duas a quatro vezes maior do que entre as pessoas ilesas da mesma idade e sexo.

Outras complicações dos ossos quebrados entre os idosos incluem dor, depressão, infecções, declínio funcional e fraturas subsequentes.

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