05/01/2015

Microscópio sem lentes detecta câncer em nível celular

Redação do Diário da Saúde
Microscópio sem lentes detecta câncer em nível celular
O microscópio sem lentes processa os padrões como uma série de hologramas, formando imagens 3-D que geram uma profundidade de campo virtual.
[Imagem: Aydogan Ozcan Lab]

Imageamento portátil

Um microscópio sem lentes consegue detectar a presença de câncer ou de outras anormalidades em nível celular com a mesma precisão que microscópios ópticos muito maiores e mais caros.

A invenção promete viabilizar uma tecnologia portátil de baixo custo para a realização de exames de sangue, tecidos e outras amostras biomédicas.

O microscópio sem lentes poderá ser especialmente útil em áreas remotas e nos casos em que um grande número de amostras precisam ser examinadas rapidamente.

O aparelho é o mais recente de uma série de novas tecnologias de imageamento computacional para diagnóstico médico desenvolvidas no laboratório do professor Aydogan Ozcan, da Universidade da Califórnia em Los Angeles - suas invenções anteriores incluem um aparelho ligado ao celular para fazer exames dos rins, um detector do risco de alergia em alimentos e um verdadeiro laboratório clínico embutido em um smartphone.

Microscópio 3D sem lentes

O caçula da turma é o primeiro microscópio sem lentes que pode ser usado para fazer imagens de tecidos vivos em 3-D.

"Este é um marco no trabalho que vimos desenvolvendo," disse Ozcan. "Esta é a primeira vez que amostras de tecido são visualizadas em 3D usando um microscópio sem lentes construído em um único chip."

O aparelho funciona por meio de um laser ou LED, que iluminam uma amostra de tecido ou sangue depositada sobre uma lâmina e inserida no dispositivo. Uma matriz de sensores CCD - o mesmo tipo de chip utilizado nas câmaras digitais, incluindo as câmaras de celulares - captura e grava o padrão de sombras criadas pela amostra.

O aparelho processa esses padrões como uma série de hologramas, formando imagens 3D que geram uma profundidade de campo virtual. Um algoritmo gera códigos de cores das imagens reconstruídas, tornando os contrastes mais aparentes do que nos hologramas, o que torna mais fácil detectar quaisquer anormalidades nas amostras.

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