02/01/2013

Novo exame de câncer da próstata evita biópsias desnecessárias

Redação do Diário da Saúde
Novo exame de câncer da próstata evita biópsias desnecessárias
A técnica permite reduzir as biópsias desnecessárias e eliminar tratamentos de cânceres da próstata não letais - vários cânceres dispensam até mesmo o tratamento.
[Imagem: UCLA Health]

Biópsia guiada por imagens

Cientistas da Universidade da Califórnia demonstraram que o câncer da próstata pode ser diagnosticado através de uma biópsia guiada por imagens.

Tradicionalmente identificada apenas pela chamada "biópsia cega", a doença agora poderá ser monitorada de forma mais precisa através de uma combinação de exame de ressonância magnética e ultra-som.

O estudo indica que a junção das duas técnicas permite a realização de biópsias muito mais precisas do que a técnica usada hoje, o que permite detectar os cânceres sérios mais precocemente.

Por outro lado, a técnica permite reduzir as biópsias desnecessárias e eliminar tratamentos de cânceres da próstata não letais - vários cânceres dispensam até mesmo o tratamento.

Biópsia cega

O estudo envolveu homens com níveis de PSA sistematicamente elevados e pacientes sendo monitorados pela presença de cânceres da próstata de crescimento lento.

A nova biópsia é realizada em 20 minutos, com o paciente sob anestesia local.

Apesar de estar sendo alvo de críticas crescentes, o exame de PSA é o principal balizador para a realização das biópsias para câncer de próstata - ainda que 75% delas deem resultado negativo.

"É difícil de fazer imagens do câncer da próstata em seus estágios iniciais por causa do pequeno contraste entre os tecidos normais e os malignos no interior da próstata," explica o Dr. Leonard Marks, um dos criadores da nova técnica.

É por isso que a coleta de tecido para análise é chamada de biópsia cega, porque os médicos não estão vendo o que estão coletando.

Combinação de exames

"Agora, com este novo método que mescla ressonância magnética com ultra-som, nós podemos ver o câncer e capturar o tecido correto de maneira muito mais precisa e racional," completou o médico.

Os pesquisadores criaram um aparelho que funde as imagens de ressonância magnética com um exame de ultra-som 3D em tempo real, permitindo ver qualquer lesão com grande precisão.

Desta forma, o médico pode dirigir a coleta do tecido para análise ou simplesmente descartar a necessidade da biópsia por falta de indício de tecidos malignos.

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