Emergência internacional
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou como "emergência internacional" o avanço da microcefalia ligada ao vírus zika nas Américas.
Ao decretar situação de "emergência de saúde pública de interesse internacional" para os casos de má-formação e de disfunções neurológicas, a organização espera facilitar a mobilização de dinheiro, recursos e conhecimento científico para o combate à doença.
Isso ajudaria a custear pesquisas para desvendar mais detalhadamente a relação entre o vírus e os casos de bebês nascidos com microcefalia.
A organização ressaltou que a decisão de decretar emergência ocorre por causa dos casos de microcefalia e outras disfunções neurológicas, não somente pelo vírus zika em si.
"O Comitê recomendou que o atual agrupamento de casos de microcefalia e de outras disfunções neurológicas reportados no Brasil, seguido de um agrupamento similar na Polinésia Francesa em 2014, constituem uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional," afirma o comunicado da OMS.
A nota diz ainda que "uma resposta coordenada é necessária para minimizar a ameaça em países afetados e reduzir o risco de maior disseminação internacional."
Providências e recomendações
Com a declaração de emergência, os países onde foi observada rápida dispersão da doença adotarão recomendações padrão de vigilância e diagnóstico. Dados nacionais serão repassados à OMS, para que a comunidade internacional consiga ter uma compreensão clara da extensão do surto global.
"Há duas recomendações principais. É preciso haver vigilância para microcefalia e outros distúrbios neurológicos de forma padronizada, particularmente em áreas onde a transmissão do vírus zika está ocorrendo. E ao mesmo tempo precisa haver pesquisa intensa por novos agrupamentos de casos de microcefalia e distúrbios neurológicos, para determinar por meio de de estudo de casos se há uma ligação de causa com o vírus zika e outros fatores", disse o médico Bruce Aylward, diretor-executivo da OMS.
De acordo com os números compilados até agora, a doença seguirá se alastrando rapidamente pelo continente americano e poderá afetar até 4 milhões de pessoas somente neste ano, com até 1,5 milhão de vítimas no Brasil.
Cerca de 25 países já registram casos de zika. Somente o Brasil e as ilhas da Polinésia Francesa, entretanto, possuem atualmente dados comprovando o aumento de má-formações em recém-nascidos.
Ver mais notícias sobre os temas: | |||
Epidemias | Neurociências | Vírus | |
Ver todos os temas >> |
A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.