22/03/2019

OMS publica novas recomendações para tratamentos de tuberculose

Redação do Diário da Saúde

Tratamentos orais para tuberculose

A OMS (Organização Mundial da Saúde) publicou novas orientações para melhorar o tratamento da tuberculose multirresistente (MDR-TB).

A grande novidade é a recomendação para que os tratamentos sejam migrados para regimes totalmente orais, considerados mais eficazes e com menor probabilidade de provocar efeitos colaterais adversos.

O órgão recomenda o acompanhamento dos cuidados, monitorando ativamente a segurança dos medicamentos e garantindo apoio e aconselhamento para ajudar os pacientes a concluírem o tratamento.

"É hora de pôr fim à tuberculose. Estamos ressaltando a necessidade urgente de traduzir os compromissos assumidos na Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre tuberculose, em 2018, em ações que permitam que todas as pessoas que precisam de cuidados possam obtê-los," disse Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

Desde 2000, 54 milhões de vidas foram salvas e o número de mortes pela doença caiu em um terço. Contudo, 10 milhões de pessoas ainda adoecem com tuberculose a cada ano e muitas delas não recebe os cuidados necessários.

Apoio às políticas contra tuberculose

O pacote da OMS foi elaborado para apoiar os países a suprir lacunas no atendimento, garantindo que ninguém seja deixado para trás. Entre os principais elementos, estão:

  • Uma estrutura de prestação de contas para coordenar ações entre setores e monitorar e revisar progressos.
  • Um painel para ajudar os países a conhecer mais sobre suas próprias epidemias por meio do monitoramento em tempo real - adotando sistemas eletrônicos de vigilância da tuberculose.
  • Um guia para a priorização efetiva do planejamento e da implementação de intervenções de impacto, com base em análises das vias do paciente no acesso aos cuidados.
  • Novas diretrizes da OMS sobre controle de infecção e tratamento preventivo para pessoas com infecção latente.
  • Uma força-tarefa da sociedade civil para garantir um engajamento efetivo e significativo da sociedade civil.

A tuberculose está entre as doenças infecciosas que mais mata no mundo, com 500 vidas perdidas por dia. A maior carga é suportada pelas comunidades que enfrentam desafios socioeconômicos e pessoas que trabalham e vivem em locais de alto risco, mais pobres e marginalizados.

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