11/12/2008

Criada fábrica de pele artificial totalmente robotizada

Redação do Diário da Saúde
Pele artificial é fabricada em linha de produção automatizada
Corte de um fragmento da pele artificial (esquerda) em comparação com a pele natural (direita).
[Imagem: Fraunhofer IGB]

Pele artificial

Pesquisadores alemães construíram a primeira linha de montagem totalmente automatizada para a fabricação de pele artificial. O material é adequado tanto para o transplante direto em pacientes quanto para a execução de testes de novos medicamentos em laboratório, dispensando o uso de animais.

A pele artificial produzida em larga escala poderá colocar um fim nas cirurgias em série necessárias para a reposição da pele de pessoas que sofreram queimaduras graves.

Engenharia de tecidos

A chamada engenharia de tecidos é uma área que atrai pesquisadores do mundo todo há vários anos. A produção de pele e de cartilagem sintéticas já foi feita antes em vários laboratórios.

Contudo, os pesquisadores do Instituto Fraunhofer agora conseguiram automatizar essa produção.

"Até agora, os métodos de cultura de tecidos utilizados para os transplantes de pele eram muito caros. A maior parte das etapas de produção tem de ser feita manualmente, o que significa que o método não é particularmente eficiente," explica o Dr. Heike Mertsching.

Fábrica automatizada

O novo processo produtivo de pele artificial começa com uma biópsia, que coleta e esteriliza uma amostra do tecido do paciente. Um braço robótico transporta a biópsia para o equipamento onde todos os passos para o crescimento da pele artificial são feitos de forma automatizada, sem necessidade de intervenção humana.

A máquina corta a biópsia em pequenos pedaços, isola os diferentes tipos de células, estimula seu crescimento em cultura e mistura as células da pele com colágeno.

Um gel é então utilizado para produzir uma reconstrução tridimensional das diferentes camadas da pele. E a pele artificial está pronta para o implante, podendo ser levada ao hospital ou congelada para uso futuro.

Produção de outros tipos de tecidos

O equipamento foi construído em módulos, o que significa que os cientistas podem transformar a fábrica de pele artificial em uma fábrica de qualquer tipo de tecido simplesmente trocando o módulo que lida com as células.

O próximo passo da pesquisa será começar a produção de tecidos do intestino para uso em testes de reabsorção.

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