Previsão do divórcio
Pesquisas já mostraram que os recém-casados que gritam ou chamam seus pares por "outros nomes" têm uma maior probabilidade de se divorciar.
Mas um novo estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, mostra que outros padrões de conflitos também poder prever o divórcio.
Este foi um dos projetos de pesquisa maiores e mais longos sobre o assunto, ao observar os padrões de conflito conjugal de 373 casais, que foram entrevistados quatro vezes em um período de 16 anos, a partir do primeiro ano de seus casamentos.
O estudo foi também um dos poucos a incluir uma grande proporção de casais negros, suficiente para que os investigadores pudessem avaliar as diferenças raciais nas estratégias de conflitos e seus efeitos.
Estratégias construtivas de discussão
Um padrão de comportamento particularmente "tóxico" ocorre quando um dos cônjuges lida com o conflito de forma construtiva, discutindo a situação com calma, ouvindo o ponto de vista do seu parceiro, ou se esforçando para descobrir o que seu parceiro está sentindo, por exemplo - enquanto o outro cônjuge foge ou faz tudo ao contrário.
"Esse padrão parece ter um efeito nocivo sobre a longevidade do casamento," diz Kira Birditt, primeiro autor do estudo, publicado no Journal of Marriage and Family. "Os cônjuges que lidam com os conflitos de forma construtiva podem ver no hábito de fuga de seus parceiros uma falta de investimento na relação, em vez uma tentativa de se acalmar."
Casais em que ambos os cônjuges utilizaram estratégias construtivas tiveram menores taxas de divórcio, segundo Birditt.
Surpreendentemente, os pesquisadores descobriram que 29 por cento dos maridos e 21 por cento das mulheres relataram não ter tido nenhum conflito no primeiro ano de seu casamento, em 1986.
No entanto, 46 por cento dos casais havia se divorciado no ano 16 do estudo, em 2002.
Curiosamente, o fato de ter ou não relatado conflitos durante o primeiro ano de casamento não teve relação com o fato de o casal estar ou não divorciado no último ano do estudo.
Homens mais compreensivos
No geral, os maridos relataram o uso de comportamentos mais construtivos e menos comportamentos destrutivos do que as mulheres.
Mas, com o tempo, as esposas se mostraram menos propensas a usar estratégias destrutivas ou fugir, enquanto o uso destes comportamentos pelos maridos permaneceu o mesmo ao longo dos anos.
Birditt e seus colegas descobriram que os casais negros norte-americanos foram mais propensos a fugir durante os conflitos do que os casais brancos, embora fossem menos propensos a evitar os conflitos ao longo do tempo.
"Esperamos que este estudo leve a pesquisas adicionais sobre a complexa dinâmica dos conflitos entre maridos e esposas, e as possíveis explicações para as mudanças versus estabilidade nos comportamentos conflituosos ao longo do tempo," disse Birditt.
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