17/09/2020

Renda básica universal melhora emprego e bem-estar social

Com informações da New Scientist
Renda básica universal melhora emprego e bem-estar social
Vários especialistas apontam que o mundo caminha para a Renda Básica Universal, uma vez que o progresso material não acabou com a desigualdade econômica.
[Imagem: Flemish/Museum Brotkultur]

Disposição para trabalhar

O estudo mais bem fundamentado já feito até hoje sobre a renda básica universal concluiu que esta prática de redistribuição de renda aumenta o bem-estar dos beneficiários, medido tanto em termos mentais quanto financeiros.

Mais importante - e contrariamente ao discurso predominante contra a redistribuição de renda -, a renda universal não apenas não impede que as pessoas trabalhem, mas na verdade até mesmo melhora modestamente o nível de emprego da economia.

O governo da Finlândia realizou um experimento de renda básica universal de dois anos - em 2017 e 2018 -, durante o qual o governo deu a 2.000 desempregados, com idades entre 25 e 58 anos, pagamentos mensais sem restrições.

Os pagamentos eram garantidos e incondicionais, não sendo reduzidos mesmo se o indivíduo conseguisse um emprego ou se, em seguida, ele tivesse um aumento salarial, por exemplo - de fato, a pessoa nem mesmo podia abrir mão da renda.

Bem-estar social

Os pesquisadores agora compararam o emprego e o bem-estar dos beneficiários da renda básica com um grupo de controle de 173.000 pessoas, que receberam o seguro-desemprego tradicional no mesmo período.

Entre novembro de 2017 e outubro de 2018, as pessoas com renda básica garantida trabalharam em média 78 dias, em comparação com 72 dias trabalhados pelas pessoas que contaram com o seguro-desemprego, lembrando que ambos os grupos eram desempregados no início do período.

As pessoas que receberam renda básica universal - sempre em comparação com aquelas com seguro desemprego - relataram melhor bem-estar financeiro, melhor saúde mental e melhor funcionamento cognitivo, bem como níveis mais altos de confiança no futuro.

Os resultados também indicam que a renda básica universal não parece desestimular o trabalho das pessoas.

De fato, houve um aumento maior no nível de emprego das pessoas em famílias com crianças, bem como para aquelas cuja primeira língua não era o finlandês ou o sueco - aparentemente os migrantes se esforçaram mais para encontrar emprego, mas os pesquisadores não analisaram esse aspecto específico.

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