12/11/2015

Ser o favorito da mãe pode ser muito estressante

Redação do Diário da Saúde
Ser o favorito da mãe pode ser muito estressante
As mulheres cultivam muitas expectativas irreais sobre o que é ser "boa mãe".
[Imagem: Umich]

Amor que pesa

Ser o filho favorito de uma mãe pode ser tão difícil quanto ser aquele com o qual ela se mostra mais decepcionada.

"Há um custo para aqueles que percebem que são emocionalmente mais próximos de suas mães, e esses filhos relatam sintomas depressivos maiores, semelhante àqueles dos filhos que experimentam o maior conflito com suas mães ou que acreditam que são o filho com o qual a mãe mais se decepciona," disse Jill Suitor, professor de sociologia da Universidade de Purdue (EUA).

As conclusões baseiam-se na primeira e segunda fases de um estudo chamado "Diferenças dentro da Família". Os dados foram coletados com sete anos de intervalo, de 725 filhos adultos de 309 famílias nas quais as mães tinham entre 65 e 75 anos de idade quando o projeto começou, em 2001.

Favoritismo e desfavoritismo

As quatro dimensões de favoritismo e desfavoritismo da mãe em relação aos filhos que foram medidos são: proximidade emocional, conflitos, orgulho e decepção.

Estar nos extremos desses valores tem elevado custo emocional para os filhos, independentemente se o filho é a ovelha negra ou o queridinho da mamãe.

"Esse custo vem da maior tensão experimentada pelos filhos adultos que são favorecidos pela proximidade emocional, ou sentimentos maiores de responsabilidade pelo cuidado emocional de suas mães mais velhas," pondera Megan Gilligan, coautora da análise.

Famílias negras

Os pesquisadores também compararam os mesmos padrões por raça. Estudos anteriores demonstraram que há uma maior proximidade mais tarde na vida entre os membros das famílias negras - cerca de um quarto das famílias no estudo eram negras.

Nessas famílias, o estresse dos filhos considerados mais próximos das mães não apareceu tão fortemente.

"O que constatamos sugere que os filhos de famílias negras são particularmente angustiados quando, ao contrário de seus irmãos, eram as crianças nas quais as mães se mostraram mais decepcionadas," disse Suitor.

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