10/04/2018

Super-exame ELISA em versão portátil pode ser usado no consultório

Redação do Diário da Saúde
Super-exame ELISA em versão portátil pode ser usado no consultório
Versão portátil do ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA).
[Imagem: Arsenii Zhdanov]

ELISA portátil

O processo, muitas vezes caro e demorado, de obter exames de sangue e urina, pode brevemente passar por uma grande reformulação.

A novidade é a criação de uma versão portátil de um exame conhecido como ELISA, sigla de "Enzyme Linked Immunosorbent Assay" - ensaio de imunoabsorção enzimática -, a técnica padrão-ouro para detectar a presença de um anticorpo ou antígeno.

Como a versão é portátil (mobile), baseada em um telefone celular, a professora Anna Pyayt e sua equipe da Universidade do Sul da Flórida (EUA) batizaram seu sistema de diagnóstico mais simples de MELISA.

Em vez de mandar os pacientes para um laboratório, a nova tecnologia permite que o mesmo teste seja realizado no consultório médico, na clínica ou até mesmo em uma área remota.

"O ELISA é uma tecnologia importante para a análise bioquímica de proteínas e hormônios e é fundamental para o diagnóstico de muitas doenças, como o HIV e a doença de Lyme," explicou a professora Anna Pyayt. "Mas as máquinas necessárias para a incubação e a leitura são caras e enormes. O MELISA permite que os pacientes passem por testes e obtenham resultados no ponto de atendimento."

Progesterona e testosterona

O protótipo do aparelho mediu com precisão os níveis de progesterona, um hormônio chave que afeta a fertilidade feminina e é indicativo de alguns tipos de câncer.

O MELISA, que pesa apenas um quilograma, consiste em um aquecedor de água que incuba as amostras até uma temperatura predefinida e as analisa através de imagens captadas pelo celular. O aplicativo faz uma análise de cores para determinar os componentes de cor RGB (vermelho, verde e azul) de cada amostra. O componente de cor azul é usado para análise posterior devido à sua sensibilidade a mudanças na concentração da progesterona.

A equipe agora está trabalhando na calibração do teste MELISA para uma variedade de exames, incluindo a testosterona. Com esses resultados, eles solicitarão a aprovação da agência de saúde norte-americana (FDA) para que os médicos e as clínicas possam começar a usar o dispositivo.

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