Eletrônicos de lápis
Não está longe o dia em que as pessoas poderão monitorar suas próprias condições de saúde simplesmente pegando um lápis e desenhando um dispositivo bioeletrônico na pele.
Sim, não será preciso nem mesmo uma tatuagem eletrônica: a simples combinação de lápis e papel pode ser usada para criar dispositivos que podem ser usados para monitorar a saúde pessoal.
Os dispositivos biomédicos para grudar na pele - aqueles já lançados comercialmente - geralmente contêm dois componentes principais: Um componente de rastreamento biomédico e um material flexível ao redor, como o plástico, para fornecer uma estrutura de suporte para o componente ativo manter uma conexão com o corpo da pessoa.
O professor Yadong Xu, da Universidade de Missouri-Colúmbia (EUA), queria uma abordagem mais simples.
Ele percebeu que lápis comuns, contendo mais de 90% de grafite, são capazes de conduzir uma alta quantidade de energia criada a partir do atrito entre o lápis e o papel durante um procedimento normal de desenho ou escrita.
Depois de algumas medições e comparativos, ele descobriu que lápis com 93% de grafite são os melhores para criar uma variedade de dispositivos bioeletrônicos para a pele, que podem ser desenhados em papel comum para escritório.
A seguir, um adesivo spray biocompatível pode ser aplicado ao papel para ajudá-lo a grudar melhor na pele.
Saúde e educação
Os pesquisadores afirmam que sua inovação pode ter amplas aplicações em cuidados de saúde personalizados em casa, na educação e na pesquisa científica remota.
"Por exemplo, se uma pessoa tem um problema de sono, podemos desenhar um dispositivo biomédico que ajude a monitorar os níveis de sono dessa pessoa. Ou, na sala de aula, um professor pode envolver os alunos incorporando a criação de um dispositivo de vestir usando lápis e papel em seu plano de aulas. Além disso, essa abordagem de baixo custo e facilmente personalizável pode permitir que os cientistas realizem suas pesquisas a partir de casa, como durante uma pandemia," disse o professor Zheng Yan, coordenador da equipe.
O próximo passo para permitir que a técnica saia dos laboratórios será desenvolver e testar melhor o uso dos componentes biomédicos, incluindo sensores eletrofisiológicos, de temperatura e bioquímicos.
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