14/09/2016

Descoberta técnica não-invasiva para monitorar enxaqueca

Redação do Diário da Saúde
Descoberta técnica não-invasiva para monitorar enxaqueca
Os sinais coletados da pele do couro cabeludo são muito semelhantes aos coletados diretamente na superfície do cérebro - basta amplificá-los.
[Imagem: Nouchine Hadjikhani et al. - 10.1073/pnas.071582498]

Depressão alastrante cortical

As ondas cerebrais de baixa frequência associadas à enxaqueca e à epilepsia são conhecidas como depressão alastrante cortical (DAC). Atualmente, para estudar essas ondas é necessário colocar eletrodos diretamente sobre a superfície do cérebro, algo extremamente invasivo e só feito em último caso.

Agora, uma equipe do Canadá, Alemanha e Irã descobriu que é possível fazer esses estudos usando um exame tradicional de eletroencefalograma (EEG), que depende apenas de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo.

Para que o exame possa produzir dados igualmente confiáveis e com a mesma resolução, a equipe desenvolveu um pequeno aparelho que amplifica as ondas coletadas pelos eletrodos externos.

A expectativa é que esta nova terapia possa melhorar o diagnóstico e o tratamento dessas condições debilitantes para milhões de pacientes.

Estudar ondas cerebrais

"Usando este método, nós descobrimos que os sinais elétricos coletados a partir da pele do couro cabeludo são muito semelhantes aos coletados a partir da superfície do cérebro," disse o professor Zoya Bastany, da Universidade da Colúmbia Britânica.

"A pesquisa ainda continua para compreendermos totalmente a relevância clínica da DAC [depressão alastrante cortical]. Mas, em última instância, contar com esta forma não invasiva de estudar estas ondas cerebrais pode levar a uma melhor compreensão, diagnóstico e tratamento da enxaqueca, da epilepsia e de outras condições neurológicas, como acidente vascular cerebral e lesão cerebral traumática," acrescentou seu colega Ali Gorji, da Universidade de Munique.

Os estudos até agora foram feitos em animais de laboratório. O próximo passo será aplicar o novo exame em pacientes que já tenham eletrodos implantados no cérebro, de forma que os resultados possam ser comparados.

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