25/07/2011

Vacina com microagulhas protege mais do que injeção

Redação do Diário da Saúde
Vacina com microagulhas protege mais do que injeção
Uma vacina aplicada na pele, usando microagulhas, oferece melhor proteção contra vírus da gripe do que a mesma vacina aplicada através de injeção.
[Imagem: Gary Meek]

Micropicadas

Uma vacina aplicada pela pele, usando microagulhas, dá uma proteção melhor contra o vírus H1N1 da gripe do que a mesma vacina aplicada por injeção subcutânea ou intramuscular.

A constatação surpreendente foi feita por pesquisadores da Universidade Emory e do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos.

O estudo foi publicado no Journal of Infectious Diseases.

Proteção duradoura

Camundongos que receberam uma vacina em dose única contra o H1N1 através da pele, usando as microagulhas revestidas de metal, assim como os camundongos vacinados através de injeção subcutânea, foram 100 por cento protegidos em um teste letal para os animais, seis semanas após a vacinação.

Contudo, quando se depararam com o vírus H1N1, seis meses depois, os camundongos que receberam a injeção apresentaram uma redução de 60 por cento na produção de anticorpos contra o vírus e a inflamação pulmonar.

Os animais que foram vacinados com as microagulhas, por outro lado, mantiveram altos níveis de proteção e produção de anticorpos após os seis meses, sem sinais de inflamação pulmonar.

"Um dos principais objetivos do desenvolvimento da vacina da gripe tem sido o de conferir fortes respostas imunes, incluindo a memória imunológica e a resposta imunológica celular para uma proteção a longo prazo, e limitar a propagação do vírus após a infecção," destaca o Dr. Dimitrios Koutsonanos, coordenador do estudo.

Forma mais eficiente de aplicar vacinas

Os cientistas já sabiam que a injeção intramuscular não é a forma mais eficiente para aplicar vacinas.

Os músculos têm uma baixa concentração das células necessárias para retransmitir os sinais imunológicos e ativar uma resposta das células T, incluindo as células dendríticas, macrófagos e células que expressam a MHC classe II.

A pele, por seu lado, contém uma rica rede de células com antígenos, incluindo macrófagos, células de Langerhans e células dendríticas dérmicas, que ativam as citocinas e as quimiocinas - as células imunológicas de sinalização responsáveis por iniciar uma resposta imunológica.

"A aplicação com microagulhas também oferece outras vantagens logísticas que tornam este método atraente para a vacinação contra a gripe, como o baixo custo de fabricação, as pequenas dimensões, o fácil armazenamento e distribuição, e a administração simples, que pode permitir a auto-vacinação para aumentar a cobertura," defendem os pesquisadores.

Siga o Diário da Saúde no Google News

Ver mais notícias sobre os temas:

Vacinas

Medicamentos

Sistema Imunológico

Ver todos os temas >>   

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.