Insulina pela bochecha
Gerenciar os níveis de açúcar no sangue requer atenção 24 horas por dia das pessoas diagnosticadas com diabetes.
Uma dieta mais saudável e maior atividade física podem ajudar, mas muitos também precisam tomar injeções regulares de insulina - o principal hormônio que regula o açúcar.
Para administrar esse medicamento de maneira menos invasiva, pesquisadores estão desenvolvendo um novo tipo de adesivo, carregado de insulina, que adere confortavelmente ao interior da bochecha de uma pessoa, liberando o medicamento aos poucos.
Inúmeros cientistas exploraram outras maneiras de fornecer insulina através da pele, como loções e pomadas, mas a pele é uma barreira muito boa, e os medicamentos se movem muito lentamente através dela.
Por outro lado, a membrana que reveste o interior da boca é muito fina, com cerca de um quarto da espessura da pele, tornando-a um local muito bom para que os medicamentos entrem facilmente na corrente sanguínea.
Então, Anna Voronova e colegas da Universidade de Lille (França) se voltaram para as bochechas, aproveitando um material que eles haviam desenvolvido anteriormente, um "tapete" de fibra de polímero que é ativado pelo calor para liberar drogas.
Foi então uma questão de encontrar um adesivo biocompatível e resistente à umidade para criar uma espécie de curativo - um emplastro - que gruda na parte interna da bochecha e libera a insulina aos poucos.
Emplastro de insulina
A equipe testou os adesivos carregados de insulina nos revestimentos das bochechas e nas córneas de porcos. No estágio atual, o material precisa ser ativado uma luz infravermelha por 10 minutos. O emplastro então liberou insulina nos dois tipos de membranas várias vezes mais rápido do que através da pele.
Assim que o material foi ativado, os níveis de açúcar no sangue dos porcos diminuíram. Simultaneamente, os níveis de insulina no plasma dos animais aumentaram, o que os pesquisadores dizem ser a prova de conceito de que essa plataforma preliminar é eficiente em fornecer insulina à corrente sanguínea.
Finalmente, seis voluntários humanos colocaram uma versão placebo do adesivo dentro de suas bochechas, para testar o conforto, sendo que todos se sentiram confortáveis pelo período de duas horas, o tempo que se estima que um paciente precisaria usar o emplastro. O próximo passo será realizar pré-clínicos do protótipo em modelos animais.
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