06/12/2012

Componente do alecrim protege olhos da degeneração macular

Redação do Diário da Saúde

Ácido carnósico

O ácido carnósico, um componente do alecrim (Rosmarinus officinalis), tem efeitos benéficos sobre os olhos que poderão levá-lo a ser usado para tratar condições sérias, como a degeneração macular relacionada à idade.

A descoberta, feita por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Médicas Sanford-Burnhan (EUA), foi publicada na revista médica Investigative Ophthalmology & Visual Science.

O Dr. Stuart Lipton e seus colegas descobriram que o ácido carnósico protege a retina da degeneração e da toxicidade de compostos químicos danosos presentes no organismo.

Os efeitos foram demonstrados em culturas celulares e em experimentos com animais.

Alecrim para os olhos

A degeneração macular tem muitas causas subjacentes.

No entanto, estudos anteriores sugerem que a doença pode ser retardada ou melhorada por substâncias químicas que combatem radicais livres, compostos reativos relacionados de oxigênio e nitrogênio que danificam as membranas e outros processos celulares.

A equipe do Dr. Lipton extraiu do alecrim o ácido carnósico, que se mostrou benéfico para a proteção de tecidos nervosos do cérebro e, mais especificamente, dos olhos.

As células tratadas com o ácido carnósico começaram a produzir uma enzima antioxidante que baixou os níveis dos compostos reativos de oxigênio e de nitrogênio - radicais livres e peróxidos.

Componente do alecrim protege olhos da degeneração macular
À esquerda, células de controle expostas ao peróxido de hidrogênio. À direita, células tratadas com o ácido carnósico extraído do alecrim - células vivas estão em verde e células mortas estão em vermelho.
[Imagem: Sanford-Burnham Medical Research Institute]

"Nós agora estamos desenvolvendo derivativos otimizados do ácido carnósico e compostos relacionados a ele para proteger a retina e outras áreas do cérebro de uma série de condições degenerativas, incluindo várias formas de demência," disse o pesquisador.

As plantas medicinais amplamente utilizadas ao longo da história na Ásia e em diversas outras culturas têm recebido uma atenção renovada pela medicina ocidental nos últimos anos.

Os cientistas agora estão trabalhando para isolar os compostos ativos dessas ervas medicamentosas e documentando suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, entre outras.

Outros grupos já documentaram inúmeros benefícios do alecrim, entre os quais o retardamento do processo de envelhecimento, proteção contra cáries, antimicrobiano e como suavizador dos efeitos colaterais da quimioterapia.

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