Cai diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres

A maior igualdade de gênero aumenta a expectativa de vida das mulheres e dos homens.
[Imagem: Pablo Valerio/Pixabay]

Homens vivendo mais

Historicamente as mulheres vivem até idades mais avançadas do que os homens, mas mudanças no estilo de vida podem estar ajudando os homens a recuperar gradualmente o atraso.

David del Olmo e colegas da Universidade de Alcalá, na Espanha, analisaram os dados de mortalidade de 194 países entre 1990 e 2010. Esses países foram divididos em cinco grupos de acordo com as suas tendências de longevidade.

O grupo com a esperança média de vida mais elevada é constituído pelos países com rendimentos per capita mais elevados, como Austrália, Japão, EUA, Reino Unido e partes da Europa Ocidental. O grupo com a esperança de vida mais baixa é composto apenas por Ruanda e Uganda.

Ao comparar a longevidade de homens e mulheres, o maior salto ocorreu entre os homens justamente em Ruanda e Uganda, que tinham uma esperança média de vida de apenas 30,85 anos em 1990, passando para 45,22 anos em 2010 (um aumento de 14,37 anos). Nestes mesmos países, a esperança de vida das mulheres aumentou menos de um ano (0,94 ano), de 50,37 anos para 51,31 anos.

No grupo com maior expectativa de vida, a diferença média era de 4,84 anos em 1990, favorecendo as mulheres. Este valor diminuiu ligeiramente para 4,77 anos em 2010. Se essa tendência se mantiver, a diferença deverá cair para 3,4 anos em 2030.

As mesmas tendências foram observadas para os três grupos intermediários de países.

Contudo, os pesquisadores só analisaram dados até 2010, sendo que essas tendências provavelmente foram afetadas pela pandemia de covid-19, que deve ter afetado a esperança de vida geral dos seres humanos e, especificamente, a dos homens, sabidamente mais afetados pela doença.

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