16/12/2009

Cresce busca por assuntos religiosos na internet

Andrea Messer

Religião na internet

Religião não é mais assunto apenas para igrejas, sinagogas ou mesquitas - é um tema que está sendo pesquisado ativamente pela internet, de acordo com pesquisadores da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores examinaram como as pessoas usam os sites de busca para localizar informações religiosas online.

Eles analisaram mais de 5,5 milhões de buscas feitas, em inglês, em três sites de pesquisa na web, entre 1997 e 2005, para investigar as características das pesquisas feitas sobre temas religiosos.

Tendência predominante

A paisagem religiosa dentro dos Estados Unidos tem sido descrita pelos estudiosos como cada vez mais secularizada e faccionária.

No entanto, Jim Jansen, Andrea Tapia e Amanda Spink, ao analisarem as pesquisas na web sobre religião, não encontram nenhuma evidência de secularização, e verificaram que os interesses religiosos e relacionados à religião se mantêm firmes e geralmente representam uma tendência predominante.

Eles também concluíram que os resultados desmentem o estereótipo de que as pessoas religiosas não estão tão acostumadas à tecnologia quanto as pessoas não-religiosas.

"Nossos resultados mostraram que as pessoas que pesquisam assuntos religiosos eram tão taticamente qualificadas como a população da web em geral," disse Jansen. "Isso de fato se encaixa bem com o uso histórico da tecnologia por grupos e organizações religiosos."

Procurarás, mas não acharás

Houve um aumento geral nas buscas por questões religiosas ao longo do tempo, que pode ser devido ao avanço da tecnologia, ao aumento da disponibilidade de conteúdo religioso online e a mudanças na população da internet.

"No princípio, havia uma quantidade limitada de tópicos online", especula Jansen. "Conforme a internet e a web se disseminaram, emergiu uma abundância de temas, entre eles a religião."

Os pesquisadores também avaliaram se os sites de busca retornam conteúdo relevante em resposta a consultas de cunho religioso - e descobriram que eles se saem muito mal nesses assuntos.

"Eu não acredito que seja um viés intencional por parte dos motores de busca", disse ele. "É provavelmente devido à natureza localizada de muitos sites religiosos. Pequenas empresas enfrentam problemas semelhantes na tentativa de obter boa classificação dentro dos motores de busca."

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