22/04/2013

É possível evitar a metástase do câncer?

Com informações da Agência Fapesp

Assim como os tecidos e órgãos humanos, os tumores são formados por agrupamentos de células que aderem e interagem umas com as outras.

Se a adesão e a interação entre as células tumorais eventualmente for fraca, é maior a probabilidade de elas se soltarem e migrarem para outros órgãos e tecidos e dar origem à metástase, a propagação de um câncer.

Pesquisadores do Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desvendaram agora o papel desempenhado por uma proteína - chamada ARHGAP21 - nesses processos de adesão e migração celular.

A descoberta pode ajudar no desenvolvimento de técnicas que possibilitem inativar essa proteína nas células tumorais para impedir o surgimento de metástases.

Os resultados da pesquisa ganharam a capa do The Journal of Biological Chemistry, editado pela Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular.

"O grande problema de um tumor é a metástase. Se conseguirmos bloqueá-la, será possível impedir a propagação de células cancerosas para outros órgãos e aumentar a chance de cura", disse a pesquisadora Karin Spat Albino Barcellos.

O estudo mostrou que a proteína ARHGAP21 participa do processo de adesão célula-célula, ficando entre as junções celulares. Depois de algumas horas que o processo é concluído, ela vai embora.

Para inativar a proteína, os pesquisadores usaram HGF, um hormônio que normalmente faz com que as células se separem uma das outras para formar os órgãos e tecidos na fase embrionária.

"Será muito importante testarmos isso agora em camundongos e ver se funciona para avaliar a possibilidade de utilizar a técnica em humanos para bloquear metástase", disse a pesquisadora.

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