04/04/2023

Formato do coração altera risco de doenças cardíacas

Redação do Diário da Saúde
Formato do coração altera risco de doenças cardíacas
O fato de que cada pessoa tem o coração com um formato próprio tem atrapalhado o projeto de corações artificiais.
[Imagem: Melanie Gonick/MIT]

Forma do coração

Curioso para saber se você corre o risco de apresentar doenças cardíacas comuns? No futuro, o seu médico poderá lhe responder aferindo o formato do seu coração.

Não existem dois corações exatamente iguais, o que tem atrapalhado o desenvolvimento dos corações artificiais, mas é possível fazer caracterizações mais gerais.

Pesquisadores descobriram agora que pacientes que têm corações mais arredondados, em forma mais similar a uma bola, são mais propensos a desenvolver insuficiência cardíaca e fibrilação atrial do que pacientes que têm corações mais alongados, que lembram mais a forma do coração tradicional vista nas ilustrações.

"Nós descobrimos que indivíduos com corações esféricos tinham 31% mais chances de desenvolver fibrilação atrial e 24% mais chances de desenvolver cardiomiopatia, um tipo de doença do músculo cardíaco," disse o Dr. David Ouyang, da Universidade de Stanford (EUA).

Coração redondo

O maior risco foi identificado depois que os pesquisadores analisaram imagens de ressonância magnética cardíaca de 38.897 indivíduos saudáveis. Eles então usaram modelos computacionais para identificar marcadores genéticos do coração associados a essas condições cardíacas.

A fibrilação atrial, o tipo mais comum de distúrbio do ritmo cardíaco anormal, aumenta muito o risco de uma pessoa sofrer um derrame, e esta é uma condição cada vez mais prevalente.

A cardiomiopatia é um tipo de doença do músculo cardíaco que dificulta o bombeamento de sangue para o resto do corpo e pode, eventualmente, levar à insuficiência cardíaca. Os principais tipos de cardiomiopatias - dilatada, hipertrófica, arritmogênica e restritiva - afetam 1 em cada 500 adultos.

"Uma mudança na forma do coração pode ser um primeiro sinal de doença," disse Christine Albert, membro da equipe. "Entender como um coração muda quando confrontado com uma doença - juntamente com agora ter imagens mais confiáveis e intuitivas para apoiar esse conhecimento - é um passo crítico na prevenção de duas doenças que mudam a vida das pessoas."

Checagem com artigo científico:

Artigo: Deep learning-enabled analysis of medical images identifies cardiac sphericity as an early marker of cardiomyopathy and related outcomes
Autores: Milos Vukadinovic, Alan C. Kwan, Victoria Yuan, Michael Salerno, Daniel C. Lee, Christine M. Albert, Susan Cheng, Debiao Li, David Ouyang, Shoa L. Clarke
Publicação: Med
DOI: 10.1016/j.medj.2023.02.009
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