16/04/2013

Leite materno com aditivo perde proteção contra infecções

Com informações da Agência USP

A utilização de aditivos no leite materno pode diminuir a proteção destes às infecções por bactérias.

A suplementação é geralmente feita com o objetivo de manter as vantagens do aleitamento e aumentar o aporte de nutrientes sobretudo para bebês prematuros.

Segundo Letícia Fuganti Campos, da USP (Universidade de São Paulo) a adição de ferro ao leite humano pode diminuir a capacidade do aleitamento de proteger o bebê contra infecções por Escherichia coli.

O leite materno possui, naturalmente, uma proteína chamada lactoferrina, que se liga a íons de ferro presentes na secreção. Com essa ação, o ferro, que é essencial para a maioria das bactérias patogênicas, não fica disponível em grande quantidade.

Dessa forma, a lactoferrina diminui o crescimento do número dos patógenos e, consequentemente, a incidência de infecções nos bebês que consumirem o leite.

No entanto, por demanda nutricional de recém-nascidos com menos de 1,5 kg, acrescenta-se aditivo de ferro e outros nutrientes ao leite humano.

"O objetivo foi comparar o crescimento bacteriano no colostro puro versus colostro com aditivo de leite materno suplementado com ferro", conta a nutricionista.

Em amostras de colostro - nome dado ao leite materno produzido até o sétimo dia após o parto - a nutricionista testou o crescimento das bactérias separadamente, depois de um dia inteiro de incubação em estufa.

Os resultados entre colostro puro e colostro aditivado com leite humano suplementado com ferro, segundo a nutricionista, foram iguais para Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. No entanto, para Escherichia coli, houve uma diferença significativa, com aumento do crescimento de microrganismos na presença do ferro do aditivo.

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